O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) classificou como “conversa fiada” as informações dando conta de que ele não irá mais retomar seu cargo como secretário de Estado de Cidades.
Nesta semana, o tucano retomou seu mandato como deputado estadual, para “defender” junto aos colegas parlamentares a importância da retomada das obras do Veículo Leve sobre Trilho (VLT).
Nos bastidores, contudo, surgiram rumores de que o retorno de Wilson ao Legislativo seria definitivo e que ele não estaria mais disposto a comandar a Secid.
“O senador João Vilas Boas, brilhante senador da UDN nos anos 40, 50, 60, dizia que quando vinha a Cuiabá, a cada três meses, logo cedo ia numa padaria, num lugar bem movimentado tomar um café e inventava uma mentira ali. Ele voltava no final da tarde para tomar um cafezinho, tomar um chopp, e aquela mentira já tinha crescido e modificado tanto, que até ele já estava acreditando naquela mentira que ele mesmo havia contado”, brincou o deputado, ao ser questionado sobre o assunto.
“O que tem de conversa fiada, de fofoca, de tese sobre tese, se você for andar atrás disso, a gente vai acabar no Adalto Botelho. Isso é loucura”, afirmou o tucano, em entrevista à Rádio Capital FM, na manhã da última quinta-feira (13).
O parlamentar disse ainda que quer conversar com os colegas sobre todos os detalhes que envolveram a negociação entre o Governo do Estado e o consórcio VLT Cuiabá para a retomada do modal, no valor de R$ 922 milhões.
“Deixei a Secid sim. Quero ficar na Assembleia, em torno de 10 a 15 dias. Nossa missão específica é esclarecer os deputados, tirar todas as dúvidas sobre o contexto, os detalhes, a segurança jurídica que envolveu a negociação do Governo com o consórcio VLT”, afirmou.
Relatório da CPI
O deputado, em outra ocasião, já afirmou também que quer conversar com o deputado Oscar Bezerra (PSB) – que presidiu a CPI da Copa - sobre a possibilidade de alteração em alguns pontos do relatório da comissão.
A ideia é evitar um possível embaraço ao Governo do Estado no que diz respeito ao acordo fechado entre o Executivo e o Consórcio VLT.
Apesar de não estar diretamente ligada ao acordo, a Assembleia poderá criar dificuldades para a sua efetivação, por causa do relatório final da CPI, que será votado nas próximas semanas e que pede, entre outros pontos, o indiciamento do consórcio e a devolução de R$ 315 milhões aos cofres do Estado.
“Me parece que o relatório orienta a não continuação da obra. Mas nós vamos defender a continuação, a retomada da obra no caminho que o juiz federal [Ciro de Andrade Arapiraca] nos sugeriu. Com relação a valores, me parece que a CPI sugere uma economia de R$ 315 milhões. Na negociação, conseguimos uma economia de mais de R$ 550 milhões. E vamos explicar como isso aconteceu. São esses dois pontos”, afirmou Wilson.
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