Cuiabá, Terça-Feira, 1 de Julho de 2025
AFASTADOS
10.10.2024 | 17h58 Tamanho do texto A- A+

Zuquim diz que caso afeta credibilidade do TJ, mas pede cautela

Dois magistrados foram afastados pelo CNJ no início de agosto, acusados de venda de sentença

Alair Ribeiro/TJMT

O desembargador José Zuquim, que é o presidente eleito do TJ-MT

O desembargador José Zuquim, que é o presidente eleito do TJ-MT

CÍNTIA BORGES E THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

Presidente eleito do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o desembargador José Zuquim Nogueira reconheceu na tarde desta quinta-feira (10) que o afastamento recente de dois magistrados afeta a credibilidade do Judiciário mato-grossense.

 

“Realmente isso [o afastamento] prejudica a credibilidade da instituição, prejudica. Mas não vamos fazer julgamento precipitado. Vamos aguardar que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) atue nisso". 

 

Em agosto, os desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho foram afastados por uma decisão do CNJ pela suspeita de venda de sentenças.

 

Em entrevista à imprensa, dada logo após o anúncio de sua eleição como o novo presidente do TJ-MT, Zuquim evitou fazer comentários sobre os colegas e pediu “cautela” quanto a julgamentos precipitados.

 

“O CNJ está tomando as providências, está investigando. Nós temos que deixar isso por conta do CNJ. [...] Qualquer julgamento precipitado seria ilógico e incoerente da minha parte”, disse.

 

Morte de Zampieri

 

O caso veio à tona a partir da apreensão do celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado a tiros em frente ao seu escritório no ano passado em Cuiabá. A decisão está sob sigilo. 

 

Além do afastamento, o então corregedor do CNJ, Luis Felipe Salomão, determinou a quebra de sigilo bancário e fiscal dos dois magistrados nos últimos cinco anos. A medida, segundo a decisão, também se estende aos servidores do Tribunal de Justiça. Eles, no entanto, não foram identificados.

 

Segundo o corregedor, há suspeitas de que os magistrados mantinham “amizade íntima” com o advogado e decidiam processos patrocinados por ele. A suspeita é de que havia um conluio entre eles o advogado Roberto Zampieri. 

 

“As investigações acenam para um cenário de graves faltas funcionais e indícios de recebimento de vantagens indevidas”, afirma o corregedor.

 

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