LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O Centro Histórico é um barril de pólvora. Essa é a imagem que se tem do local que, na noite de segunda-feira (3), foi palco de um incêndio que demandou o deslocamento de nove viaturas dos batalhões de Corpo de Bombeiro de Cuiabá e Várzea Grande e resultou no bloqueio total do trânsito em parte da Avenida Tenente-Coronel Duarte (Prainha).
Além da fiação elétrica antiga, que, por si só, já compromete a segurança da região, o comércio e as residências ao redor, em sua maioria, não atendem aos projetos de Combate ao Incêndio e Pânico e de adequação hidráulica e elétrica que auxiliariam na prevenção da ocorrência de incêndios na região.
Segundo o comandante do 1º BBM (Batalhão de Bombeiros Militar) de Cuiabá, tenente-coronel Sílvio Bernardes dos Santos, muitas edificações no local não atendem à legislação atual e, por isso, seus proprietários não solicitam a vistoria dos bombeiros, para uma fiscalização.
“Os prédios desta região são antigos e não atendem às normas da legislação atual. Fazer a adequação desses prédios custaria muito caro e, por isso, os donos preferem deixar como está.”, afirmou Santos, em entrevista ao
MidiaNews.
Segundo o comandante, o Centro de Cuiabá já foi cenário de outros princípios de incêndio que poderiam ter sido evitados, caso as medidas preventivas fossem tomadas.
ProjetoUma ação que deve colaborar para a diminuição de riscos de incêndio na região, bem como para o aumento na segurança dos comerciantes e moradores, é o rebaixamento de aproximadamente 14 km de fiação elétrica, que será feito em 2013, de acordo com um projeto assinado em agosto deste ano pela Prefeitura de Cuiabá, governos Estadual e Federal e Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
O projeto, que irá custar R$ 110,9 milhões para ser implantado, prevê a recuperação de fachadas de casas no local e tombadas como Patrimônio Histórico, bem como obras de recapeamento asfáltico e instalação da rede de saneamento básico.
As licitações e execução do projeto deverão ter início em 2013. Os projetos executivos ainda estão em fase de elaboração.
O
MidiaNews procurou o secretário da SMDU (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano), Márcio Puga, para comentar sobre outras ações que poderiam ser implementadas na região para diminuir os riscos de incêndio.
Até a publicação desta matéria, ele não retornou o contato.