Os casos de dengue em Mato Grosso continuam aumentando de maneira assustadora. De acordo com dados oficiais divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), desde o dia 1º de janeiro até quinta-feira (15), o número de notificações da doença alcançou a marca de 6.721 casos.
Destes, 24 foram notificados como casos graves da dengue. Até o momento, cinco pessoas morreram, sendo duas pessoas já confirmadas como vítimas da doença e três estão ainda sob investigação.
O número assusta, principalmente quando comparado com o mesmo período do ano passado, quando 3.884 casos de dengue foram registrados – o que equivale a quase metade das notificações deste ano.
Desde o início do ano, Cuiabá registrou 1.059 notificações da doença, três vezes mais do que o registrado no mesmo período de 2011. Cinco dos casos foram manifestações graves da doença.
Em Várzea Grande, os números não são melhores. Foram 740 notificações registradas até agora, sendo dois casos graves da doença. Ano passado, apenas 96 casos foram notificados, ou seja, quase oito vezes menos do que em 2012.
Os números também aumentaram no interior. Sinop (500 km ao Norte da Capital) registrou, apenas este ano, 1.269 notificações da doença – sendo quatro casos graves da doença –, contra 635 casos em 2011.
Rondonópolis (212 km ao Sul) ainda se mantém abaixo do valor registrado neste mesmo período, no ano passado, com apenas 121 notificações. Ano passado, a cidade havia registrado 169 casos neste período.
O Estado continua monitorando, por exame laboratorial, a identificação dos sorotipos circulantes da dengue no Estado.
Os municípios prioritários para a realização da pesquisa são Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças e Alta Floresta.
A ação faz parte da estratégia de monitoramento da doença e também vai permitir saber se o vírus 4 da Dengue circula nestes demais pólos de Saúde.
O MT Laboratório está equipado e preparado para desenvolver a técnica do isolamento viral e identificar a tipificação do vírus da Dengue (DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4).
Até o momento, os municípios que apresentaram a circulação do vírus DENV4, foram Cuiabá, Várzea Grande e Nobres.
O Superintendente de Vigilância em Saúde da SES/MT, Oberdan Ferreira Coutinho Lira, explica que o risco de epidemia no Estado, com o novo tipo de dengue, é muito grande.
“Todas as vezes em que há 'troca' do vírus predominante, ou um novo vírus, há risco de epidemias porque parte da população não está imune a ele. Além disso, casos graves podem aumentar porque estão relacionados a sucessivas infecções por diferentes vírus da doença”, disse.
O sorotipo DENV4 não é dos mais agressivos, mas com a população mato-grossense 100% vulnerável, o perigo aumenta.
Lira afirmou ainda que a hemorragia por dengue não depende apenas da virulência do sorotipo, mas também da reação do organismo.
A secretaria alerta para a importância de se manter as caixas d’água, tonéis e barris, ou outros recipientes que armazenam água, totalmente tampados e limpos, lavando-os com escova e sabão semanalmente.
Além disso, a população deve remover tudo o que possa impedir a água de correr pelas calhas e não deixar que a água da chuva fique acumulada sobre as lajes.
A secretaria alerta também para que, em casos de vasos de plantas, os moradores encham os pratinhos dos vasos com areia. Caso isso não aconteça, o prato deverá ser lavado com escova, água e sabão, pelo menos uma vez por semana.
Deve-se jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como potes, latas e garrafas vazias, e colocar o lixo em sacos plásticos, bem fechados e lacrados, deixando-os fora do alcance de animais. Em caso de uso de lixeiras, mantê-las bem fechadas também ajuda a evitar a proliferação do mosquito da dengue.
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2 Comentário(s).
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Cristina 18.03.12 20h35 | ||||
Falam em prevenção, limpeza, mas os terrenos baldios estão tomando conta da cidade. O engraçado é que fazemos denúncias na secretaria municipal do meio ambiente e nada é feito, os terrenos continuam com lixo, água parada em garrafas, pneus. | ||||
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joão 18.03.12 20h00 | ||||
A população tem uma grnde parcela de culpa na proliferação da doênça.Não estou aqui puxando sardinha pra lata de ninguem,a verdade é,oque tem de moradores que não fazem o dever de casa,não está escrito:quintal sujo,água limpa e parada,caixas d´agua suja,etc...agora o outro lado da moeda,voçês politicos estavam rindo à toa né,tem um pouquinho pra todos:os córregos com esgotos à céu aberto por todos os cantos da capital,voçês acham que isso não contribuem para a proliferação de doênças? contribuem e muito. | ||||
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