Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
MAIS UM AUMENTO
28.12.2012 | 11h07 Tamanho do texto A- A+

Tarifa unificada de transporte coletivo passa para R$ 2,95

Mais de 350 mil usuários são afetados pelo reajuste “relâmpago” da passagem

Thiago Bergamasco/MidiaNews

Ônibus: tarifa mais cara já entrou em vigor (28)

Ônibus: tarifa mais cara já entrou em vigor (28)

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Mais de 350 mil usuários de transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande já estão pagando mais caro para andar de ônibus, a partir desta sexta-feira (28).

As tarifas, que antes eram de R$ 2,70 na Capital e R$ 2,60 nos coletivos intermunicipais (que transitam entre as duas cidades), agora terão valor unificado de R$ 2,95, o que equivale a reajustes de 9% e 13,43%, respectivamente.

O anúncio foi feito na noite de quinta-feira (27) pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos e Delegados de Mato Grosso (Ager) e pegou os trabalhadores de surpresa. O último reajuste aconteceu em dezembro de 2011.

Os prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande, Chico Galindo (PTB) e Maninho de Barros (PSD), aprovaram o reajuste na noite de ontem e a nova tarifa entrou em vigor à meia-noite desta sexta-feira.

Os gestores já haviam feito um compromisso com a Ager de paridade para a realização de reajuste da tarifa, que pode ser conferido no decreto 111/2012 da agência.

"Houve um reajuste de 5% no valor da mão de obra e uma redução da carga horária. O combustível também ficou mais caro", justifica presidente da AMTU

Além disso, outra tarifa que sofreu aumento por determinação da Ager é a cobrada pela Viação Nagib Saad Ltda., que faz o transporte intermunicipal entre Cuiabá e Santo Antônio do Leverger (27 km ao Sul da Capital).

O valor da passagem, que antes era de R$ 2,70, passou a ser de R$ 3,10 a partir de hoje.

Com base no salário mínimo que entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2013, no valor de R$ 678, a população deverá comprometer quase 20% do seu salário apenas com as tarifas de ônibus.

Justificativa


De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (SMTU), as concessionárias de transporte coletivo na Capital – Pantanal Transporte Urbano Ltda., Expresso Norte Sul Transportes Ltda. e Integração Transporte Ltda. – estão respaldadas pelo contrato de exploração do serviço, assinado com a Prefeitura Municipal.

O documento prevê a possibilidade de pedido de reajuste tarifário anual, por parte das concessionárias, mediante a apresentação de planilha de custos que justifique a solicitação.

Para justificar o aumento, as empresas alegam aumento no valor do combustível (óleo diesel menos poluente, que seria 23% mais caro que o comum) e reajuste do salário dos empregados, segundo o presidente da Associação Mato-grossense de Transportadores Urbanos de Mato Grosso (AMTU), Ricardo Caixeta.

“Houve um reajuste de 5% no valor da mão de obra e uma redução da carga horária. O combustível também ficou mais caro”, explicou.

Quando passaram a retirar os cobradores de ônibus de suas funções, a fim de obrigar os usuários a fazerem uso do cartão de transporte, os empresários acreditaram que teriam uma redução nos gastos com pessoal.

Por essa razão, ofereceram aumento aos motoristas de ônibus – que acumularam a função de receber o dinheiro da passagem dos usuários que não tivessem o cartão –, fazendo com o salário subisse de R$ 1,2 mil para R$ 1.680,00.

Porém, segundo a MTU, a maioria dos funcionários que atuava na cobrança das passagens foi remanejada para outros setores da empresa.

A integração entre as linhas e o aumento do consumo dos veículos por cada viagem, em virtude das obras da Copa do Mundo de 2014, também foram justificativas usadas para o aumento da passagem, segundo o diretor da Ager, Aroldo Luna Cavalcanti.

Dados da Capital


Atualmente, estima-se que Cuiabá possua 330 mil usuários de transporte coletivo, dos quais 90 mil seriam isentos do pagamento da tarifa, 30 mil são idosos, policiais militares e hemofílicos e outros 60 mil são estudantes (neste último caso, o custo é dividido entre a Prefeitura de Cuiabá e os usuários pagantes).

A frota atual, segundo a SMTU, é de 386 veículos, entre carros em uso e veículos de reserva. Porém, circulam na Capital aproximadamente 570 ônibus, quando se somam à frota municipal os ônibus intermunicipais, que ligam Cuiabá a Várzea Grande.

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COMENTÁRIOS
19 Comentário(s).

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Maria da Conceição Ribeiro Fernandes  07.02.13 10h19
Eu tenho ódio dos políticos para aumentar os salários deles, tarifas e impostos é daqui pra li, agora para melhorar a vida do povo é um Deus nos acuda e ainda tem a cara de pau de pedir votos o aumento dos aposentado que ganha acima do salário é menor do significa que daqui a alguns dias meu esposo estará ganhando salário mínimo é justo? e os remédios a saúde do povo é uma lástima.
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ruan  10.01.13 01h17
almetaran a passagen, e não tomaram providencia do estado critico q estão os onibus de cba, se andar de onibus todos os dia vou perder pesso pq ali dentro tah pareçendo uma sauna tah um calor dos inferno :@
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ANTONIO DOS SANTOS SILVA  28.12.12 23h11
Como diz o José Ribamar, andar nesses ônibus (micro ondas)o passageiro é quem deveria receber pelo risco de vida que corre. Reunir para aumentar o preço da passagem dura nove minutos, somente o tempo de assinarem os documentos que já vem prontos. Agora, para aumentar o salário mínimo se discute nove meses, uma gestação duradoura. Lembrando que sempre que é aumentado a passagem o discurso se repete, "temos que fazer melhorias nos pontos de ônibus, por isso o aumento acima da inflação". Baboseiras para enganar o povo.
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Fred  28.12.12 21h39
Imagina se a cidade tivesse BRT ao invés do VLT.
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Fernando  28.12.12 20h21
Cuiabá e Várzea Grande estão precisando é de intervenção federal...
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