Cuiabá, Terça-Feira, 17 de Junho de 2025
MT "CAMPEÃO" DA DENGUE
28.11.2012 | 14h40 Tamanho do texto A- A+

Casos graves e óbitos aumentam 300% no Estado

Tapurah é o único município no Centro-Oeste com risco de surto da doença

Guilherme Filho/Secom-MT

Dengue: depósitos de lixo concentram maioria dos criadouros do mosquito

Dengue: depósitos de lixo concentram maioria dos criadouros do mosquito

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Mato Grosso apresentou aumentos significativos no número de casos graves e mortes por dengue, segundo levantamento divulgado na terça-feira (27) pelo Ministério da Saúde. O Estado segue na contramão do restante do país, que apresentou redução de mais de 60%  nos casos.

Até a segunda semana de novembro de 2012, o Estado registrou 180 manifestações graves da doença e 16 óbitos decorrentes da dengue, o que, em relação ao mesmo período do ano passado, representa um aumento de 291% e 220%, respectivamente.

Segundo o balanço epidemiológico divulgado pelo órgão, Mato Grosso já registrou, até 17 de novembro, 29.910 notificações de casos de dengue, o que o coloca como responsável por mais da metade das notificações registradas em todo o Centro-Oeste em 2012. Destes casos, 8.751 estão concentrados na Capital – contra 965 registrados em 2011.

O levantamento do Ministério da Saúde revela ainda que Tapurah (414 km ao Norte de Cuiabá) é o único município em toda a região do Centro-Oeste que apresenta risco de surto de dengue, integrando a lista de 77 cidades do país nessa faixa de risco.

A cidade mato-grossense apresenta um índice de infestação de 5,4% da doença, número este que é cinco vezes maior do que o recomendado, de acordo com o LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti), feito em todo o país.

O levantamento ainda aponta que outros sete municípios do Estado estão em estado de alerta – quando o índice do LIRAa fica entre 1% e 3,9%. Entre eles, figuram Cuiabá, com índice de infestação de 3,1%, Cáceres (3%), Santa Carmem (2,1%), Rosário Oeste (1,7%), Tangará da Serra (1,5%), Alta Floresta (1,1%) e Diamantino (1,1%).

Os números apresentados pelo Ministério da Saúde demonstram a necessidade, em nível de Estado, de um combate mais efetivo à doença, principalmente durante o período de chuvas, quando há um aumento dos focos do mosquito, que auxiliam na proliferação da doença.

O levantamento aponta que, no Centro-Oeste, 36,1% das larvas do mosquito se concentram em depósitos de lixo, enquanto os demais criadouros estão divididos entre reservatórios de água (31,7%) e depósitos domiciliares (32,2%).

De acordo com o Ministério da Saúde, um novo LIRAa deverá ser realizado no primeiro semestre de 2013, para controle da doença no país.

Investimento


O Ministério da Saúde afirmou que está repassando R$ 173,3 milhões aos estados e municípios brasileiros.

A verba deverá ser usada para qualificar as ações de vigilância, prevenção e controle da dengue no país, bem como aprimorar a assistência ao paciente com a doença.

O valor é 87% maior do que o repassado em 2011 e, neste ano, será destinado a todos os municípios do país.

No ano passado, apenas R$ 92,8 milhões foram transferidos a 1.159 cidades do país, que apresentavam maior incidência da doença.

Prevenção


Durante a apresentação do levantamento, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fez um alerta para que os novos prefeitos não descuidem das medidas de prevenção e controle da dengue.

“Nós fazemos um alerta e um pedido para que os prefeitos municipais, nesse período de transição, não deixem de dar continuidade às ações de combate à dengue. O LIRAa é uma espécie de fotografia da dengue nos municípios, mas o risco persiste e a ação deve ser redobrada nesse período de maior ocorrência da doença", disse o ministro.

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Romildo Gonçalves  29.11.12 13h18
Cara Cristiane, a sugestão posta por v. de implantação da técnica do "pega treco" feita pelo prefeito José Serra na capital paulista é extremamente valida, porém é preciso mais, é preciso que a população humana residente em Cuiabá e nas demais cidades mato-grosses infestadas de mosquitos precisa fazer sua parte, não jogando lixo aleatoriamente por ai, é preciso que ela de mamando a caducando tenha mais educação, mais respeito para com o meio ambiente. caso contrário estaremos fazendo chover no molhado, como v. sabe a sujeira em curso no parimetro urbano é mostra cabal de tal assertiva.
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Cristiane  28.11.12 17h39
Cuiabá precisa implantar uma política séria para tentar pelo menos diminuir a incidendencia do mosquito da dengue. José Serra quando prefeito de São Paulo, implantou um projeto denominado " pega treco" acho que é este nome - os carros da prefeitura faz um arrastão em um bairo selecionado(avisado previamente) para pegar todo tipo de entulho -sofá, fogão velhos enfim toda tranqueira que estão encalhados nas casas e quintais. Esta providencia favorece a limpesa dos recintos e consequentemente erradica o nascedouro dos mosquitos. E sinceramente é horroroso vermos sofás velhos descartados nas calçadas, pelos seus munícipes.
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