LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo) aposta em um reajuste menor nas bombas de combustível do que os aumentos de 6,6% e 5,4% no preço do litro da gasolina e do diesel, respectivamente, anunciados pela Petrobrás.
Com isso, os consumidores do Estado devem sentir um impacto menor no bolso, em relação às demais unidades da federação, quanto ao aumento dos preços nos postos de combustíveis.
De acordo com o diretor-executivo do sindicato, Nelson Soares Junior, a expectativa é de que o aumento no Estado fique entre 3% e 5%. Dessa forma, o valor do litro da gasolina, por exemplo, pode chegar a R$ 3,13 em alguns postos de combustível, onde antes o preço cobrado por litro era de R$ 2,99. Já o preço do litro do diesel, antes fixado em até R$ 2,45, pode chegar a R$ 2,57 nas bombas de combustíveis.
“O impacto do aumento será repassado também levando em consideração a negociação dos postos com as distribuidoras”, afirmou.
Segundo ele, o combustível revendido nos postos do Estado é a gasolina C, que contém, em sua composição, 20% de etanol anidro (produto derivado da cana-de-açúcar), que possui menor custo.
A mesma lógica é aplicada para o óleo diesel, que apesar de ter sofrido o reajuste oficial nas refinarias, possui 5% de biodiesel quando nas bombas dos postos de combustível.
Porém, Soares salientou que o mercado de distribuição e revenda de combustíveis é livre para definir os preços cobrados, de acordo com os custos que cada empresário teve para comprar os produtos das distribuidoras.
O aumento deverá levar até três dias para chegar às bombas de gasolina, mas já pode ser sentido em alguns postos a partir desta quarta-feira (30).
"Os postos costumam ter estoque de combustível de até três dias e o repasse será sentido a partir da próxima compra junto às distribuidoras, mas há muitos postos que compram combustíveis diariamente", explicou.
Além desses fatores, o presidente do Sindipetróleo, Aldo Locatelli, acrescentou que a concorrência entre os postos também deverá diminuir o impacto do aumento.
“Se aumentar muito, as vendas, por consequência, podem diminuir muito. Estamos falando em estratégias de mercado”, disse.
