Cuiabá, Domingo, 14 de Dezembro de 2025
CASO ZAMPIERI
14.02.2024 | 08h12 Tamanho do texto A- A+

Pistoleiro trocou mensagens com advogado por quase um mês

Antônio Gomes da Silva e mais duas pessoas foram denunciadas pelo assassinato de Roberto Zampieri

MidiaNews

Antônio Gomes (detalhe) matou advogado a tiros e fugiu do local às pressas

Antônio Gomes (detalhe) matou advogado a tiros e fugiu do local às pressas

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

O pistoleiro que confessou ter assassinado o advogado Roberto Zampieri trocava mensagens com a vítima desde pelo menos um mês antes do crime acontecer, no dia 5 de dezembro de 2023. 

 

O pedreiro Antônio Gomes da Silva teria se aproximado da vítima sob o falso pretexto de contratar seus serviços para a compra de uma fazenda em Mato Grosso. 

 

Segundo o delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa, o pistoleiro deixou um rastro de pistas que foram seguidas pelos investigadores. 

 

“O executor deu o nome verdadeiro para a secretária do Zampieri. Ele já estava tendo contato com a vítima há quase um mês; os dois conversavam no WhatsApp. Antônio deixou um rastro mais fácil [de ser seguido] e por isso foi tão rápido”. 

 

Em seu depoimento, Antônio confessou a autoria do crime e deu detalhes sobre o planejamento e execução. 

 

“Segundo ele, um sobrinho que morava no Texas [EUA] tinha vendido um rancho e estava procurando comprar uma fazenda aqui. Esse rancho teria sido vendido pelo valor equivalente a R$ 200 milhões”, explicou o delegado. 

 

“Ele procurou Zampieri, não como advogado, mas como se fosse uma espécie de corretor. Como, às vezes, ele poderia conhecer alguém que estava vendendo uma área, a vítima se interessou pela situação e começou a trocar informações”, completou. 

 

Indiciamento

 

No último dia 7 o Ministério Público Estadual (MPE) denunciou o coronel da reserva do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, o instrutor de tiro Hedilerson Martins Barbosa e Antônio por homicídio triplamente qualificado cometido contra Zampier. 

 

Antônio teria executado a vítima, Hedilerson sido o intermediador e Caçadini o financiador do crime. 

 

O MPE também requereu a conversão das prisões temporárias do trio em prisões preventivas. 

 

Primeira tentativa

 

Consta na denúncia que em novembro Antônio procurou a vítima sob o falso pretexto de contratar seus serviços profissionais.

 

Ele chegou a marcar uma visita a uma propriedade rural com o advogado, com a intenção de matá-lo, segundo o MPE, com uso de uma marreta. Na data marcada, porém, o advogado teria mandado um amigo em seu lugar, frustrando o plano.

 

Posteriormente, conforme a denúncia, Antônio solicitou que Hedilerson lhe trouxesse uma arma de fogo para execução do crime, recebendo uma pistola marca Taurus 9mm.

 

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