LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande ainda não conseguiu achar o “traço” perfeito para refazer a pavimentação do Viaduto da Sefaz e suas vias marginais.
A etapa estava prevista para ser executada durante o final de semana, segundo nota enviada pelo próprio consórcio, o que não ocorreu.
A obra, que durante o final de semana recebeu a placa de confirmação de que será a primeira obra do VLT a ser inaugurada pelo Governo do Estado, apresentou o mesmo problema do Viaduto do Despraiado: má qualidade na brita utilizada na confecção da capa asfáltica.
Como pode ser observado nas fotos feitas pela reportagem do
MidiaNews, o asfalto recém-acabado teve algumas partes retiradas como amostra para realização de testes, uma vez que apresentava uma aparência que não condizia com um asfalto novo.
Em entrevista ao site, na última semana, o secretário da Copa, Maurício Guimarães, afirmou que os testes de qualidade reprovaram a primeira amostra do asfalto que novos testes estavam sendo feitos, que ainda não teriam sido finalizados.
O fato de que toda a etapa resulte em atraso na entrega da obra não é uma preocupação para o Estado, segundo Guimarães.
Pedro Alves/MidiaNews
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Asfalto apresentou fissuras e desgastes logo após ser concluído
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“Se não passar, nós vamos mandar frisar e refazer a capa asfáltica. O que menos importa agora é o atraso. Temos que receber aquilo que foi contratado”, disse.
A obra foi visitada, rapidamente, por representantes da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e do Comitê Organizador Local (COL), na manhã de terça-feira (8).
Viaduto da SefazO viaduto, de 278 metros de extensão e formato de ferradura, integra o Eixo 1 de implantação do VLT que liga o CPA ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande.
A obra deverá ser usada exclusivamente como alça de retorno pelos motoristas que estiverem trafegando no sentido Centro-CPA e quiserem retornar à região central de Cuiabá ou ter acesso ao Centro Político Administrativo. Isso porque o viaduto rodoviário terá duas faixas de circulação em um único sentido.
O VLT, por sua vez, deverá passar por baixo da obra, na via permanente que será implantada sob o elevado.
De acordo com a Secopa, trafegam por aquele trecho da Avenida do CPA mais de 2,7 mil veículos por sentido nos horários de pico e o tráfego deverá ser revitalizado com a liberação para uso do elevado, diminuindo em até cinco minutos o tempo do percurso dos motoristas.
A construção integra o pacote de 13 obras de arte para implantação do VLT na Grande Cuiabá, ao custo total de R$ 1,477 bilhão.
Edson Rodrigues/Secopa
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Obra será usada como alça de retorno pelos motoristas que quiserem voltar para o Centro da Capital ou acessar o CPA
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Outro ladoA reportagem do
MidiaNews entrou em contato com a assessoria do Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, que confirmou que ainda aguarda a aprovação, por parte da Secopa, do traço encontrado no último teste realizado.
Os testes, aliás, não geram custos adicionais para o Governo do Estado, segundo o consórcio, uma vez que a obra não foi oficialmente entregue e ainda se encontra na finalização de outras etapas além da pavimentação, como paisagismo e iluminação.
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