LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O trânsito da região da Prainha irá mudar após as festas de fim de ano. Ficou marcada para o dia 7 de janeiro a interdição parcial da Avenida XV de Novembro, no bairro do Porto, que passará por obras de adequação da via e implantação dos trilhos do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
O modal foi escolhido pelo Governo do Estado como a nova alternativa de transporte coletivo da população, com vistas à Copa do Mundo de 2014.
Em entrevista ao
MidiaNews, o assessor de Mobilidade Urbana da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), Rafael Detoni, alertou para a mudança no fluxo de trânsito na Avenida Tenente-Coronel Duarte (Prainha), que deverá ser mantido, mesmo após a finalização das obras no local.

"A Avenida XV de Novembro terá a faixa central interditada, deixando uma faixa de rolamento de cada lado livre para acesso ao comércio", diz assessor da Secopa
DesvioA interdição da XV de Novembro não será total, mas demandará a mudança do fluxo de veículos para a avenida paralela, que hoje apenas é usada por quem sai de Várzea Grande em direção a Cuiabá.
“A Avenida XV de Novembro terá a faixa central interditada, deixando uma faixa de rolamento de cada lado livre para acesso ao comércio. O fluxo de passagem dessa avenida será jogado de volta para a Prainha. Hoje, as duas pistas que ligam o camelódromo [Shopping Popular] até o Ginásio do Colégio São Gonçalo fazem um sentido só, em direção ao centro da cidade. Porém, após a interdição, uma delas voltará a fazer o sentido inverso, como era o trânsito antigamente”, explicou Detoni.
Essa mudança no trânsito da Prainha, inclusive, será mantida após a implantação do VLT, segundo o assessor.
“A Prainha vai voltar a operar em mão dupla. Primeiro, como desvio da Avenida XV de Novembro. Depois, como trânsito definitivo pós-VLT”, afirmou.
A obraA Avenida XV de Novembro não irá ganhar obras de arte (viadutos, pontes ou trincheiras). Na via será implantada toda a infraestrutura do VLT, composta pela via permanente, rede aérea de tração e estações de transferência.
A instalação será feita no meio da via, onde hoje estão localizadas as faixas de rolamento (central e metade das duas adjacentes).

"A Prainha vai voltar a operar em mão dupla. Primeiro, como desvio da Avenida XV de Novembro. Depois, como trânsito definitivo pós-VLT", afirma Rafael Detoni
VLT na Prainha
O VLT irá operar nos dois sentidos de circulação em toda a extensão da Avenida XV de Novembro.
A avenida terá duas estações de transferência. Uma será localizada próxima ao Atacadão, que também fará a integração com a rede de ônibus das regiões Oeste (Verdão, Cidade Alta e entorno) e Centro-Leste (Jardim Europa, Unic, Unirondon, Grande Terceiro e entorno).
A outra estação, uma plataforma de embarque e desembaque mais simples (padrão), será instalada na altura da Rua Caetano Santana, onde está localizado o Fiemtec (local de ensino mantido pela Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso).
Operação do VLTO metrô de superfície percorrerá 22,2 km, divididos em dois eixos.
O Eixo 1, que ligará a região do CPA, em Cuiabá, ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, terá 15 km. Já o Eixo 2, que fará a ligação entre o Centro e a região do Coxipó, terá 7,2 km.
O novo modal será implantado em dois corredores estruturais do transporte coletivo e passará pelas avenidas João Ponce de Arruda e FEB (em Várzea Grande), e também pelas avenidas XV de Novembro, Tenente Coronel Duarte (Prainha), Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), Coronel Escolástico e Fernando Corrêa da Costa.
Serão construídas 33 estações e três terminais de integração. O eixo 1 conta com 22 e o eixo 2 com 11 estações.
Até o momento, duas obras de arte desse pacote já foram iniciadas: a trincheira do KM Zero em Várzea Grande e o viaduto da UFMT, em Cuiabá. Os próximos canteiros de obras, já montados, são os de construção dos viadutos da MT-040, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, e da Sefaz, na Avenida do CPA.
O consórcio VLT Cuiabá – formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda. – é responsável pela execução da obra.