Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
PACTO PELA COPA
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Entidades vão selar acordo para tentar garantir mão-de-obra

Hoje, déficit em obras da Copa é de cerca de 700 trabalhadores

Edson Rodrigues/Secopa

O secretário Maurício Guimarães, que define último detalhes do pacto

O secretário Maurício Guimarães, que define último detalhes do pacto

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
A Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) deverá finalizar, na próxima semana, o projeto “Pacto pela Copa”, que será assinado pelo Governo do Estado, Sindicatos da Construção Civil Média e Pesada, Ministério do Trabalho e empresas envolvidas em obras do Mundial.

Em entrevista ao MidiaNews, o secretário da Copa, Maurício Guimarães, afirmou que a demanda por mão-de-obra nos canteiros deverá ser suprida com o fechamento do projeto.

“Só existe um ingrediente nesse bolo [de obras da Copa] que pode desandá-lo: a falta de mão-de-obra. E por isso nós estamos construindo o Pacto pela Copa. Na próxima semana, nós vamos sentar e fechar o pacto, para garantir efetivamente a mão de obra”, afirmou.

O pacto prevê, entre outras coisas, benefícios aos operários contratados e flexibilização da hora extra permitida atualmente pela lei trabalhista.

“O Ministério do Trabalho está flexibilizando a hora extra, tirando hoje do legal de duas para quatro horas, para quem quiser. Isso é uma demanda não só das empresas, mas também dos trabalhadores. O operário que vem de fora do Estado para trabalhar aqui quer ganhar dinheiro e hoje está impedido disso pela lei trabalhista”, disse.

Segundo o secretário, o pacto também dará a possibilidade de ter horários alternativos de trabalho nos canteiros de obras, no período noturno e aos sábados e domingos, bem como o pagamento de benefícios acima do que já é oferecido pelo mercado local aos operários.

“As empresas também vão trazer um diferencial nesse acordo, oferecendo algum benefício adicional, como por exemplo, uma cesta básica”, exemplificou.

O Governo do Estado, de acordo com Guimarães, entrará com a parte social no pacto, realizando trabalhos de autoestima com os trabalhadores e valorizando os serviços prestados pelos operários nas obras da Copa.

“O Estado entra com a parte social, capacitando a mão-de-obra dos canteiros, valorizando a questão da mão-de-obra na construção civil, que hoje tem uma importância fundamental nos trabalhos que estamos realizando. Depois da Copa, o trabalhador terá em seu currículo a experiência de ter participado das maiores obras desse Estado. Esse é o legado social que vai ficar”, afirmou.

Mão-de-obra


Atualmente, cerca de dois mil operários já estão envolvidos nas obras da Copa. Porém, faltam cerca de 700 operários para atuarem nas obras de mobilidade urbana, construção da Arena Pantanal e ampliação e reforma do Aeroporto Internacional Marechal Rondon.

Segundo Guimarães, o Sindicato da Construção Civil possui 2,8 mil canteiros de obras na Capital, com um número de operários que já supriria o déficit atual.

“Se o sindicato trouxer um trabalhador de cada canteiro, eu tenho 2.800 trabalhadores nas obras da Copa e supro a minha demanda”, disse.



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jasper ottoni amarilha  13.01.13 12h29
Um dos grandes gargalos da construção civil no país, é a falta de mão de obra especializada. Para tanto, o governo em situações extraordinárias; no caso, as obras da Copa do Mundo, com o cronograma no limite, pode importar mão de obra se quiser fazê-lo. Portugal, e, Espanha tem disponibilidade de pessoal especializado no assunto.
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