Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
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Falta de leitos durante a Copa do Mundo preocupa a Fifa

Rede hoteleira em Cuiabá não conseguirá acomodar 25% dos visitantes

Thiago Bergamasco/MidiaNews

Cuiabá: capacidade de leitos durante o Mundial preocupa a Fifa

Cuiabá: capacidade de leitos durante o Mundial preocupa a Fifa

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O risco de falta de leitos para os visitantes durante a Copa do Mundo de 2014 tem preocupado a Federação Internacional de Futebol (Fifa).

Quatro das 12 cidades que irão sediar o torneio possuem menos vagas em hotéis do que a capacidade total de seus estádios. Um dos locais mais críticos é Cuiabá, que, atualmente, possui apenas 14 mil leitos.

Enquanto a Arena Pantanal irá ofertar 44,3 mil lugares durante o Mundial, a rede hoteleira deverá ter uma capacidade máxima de 18 mil leitos, o que inviabiliza a hospedagem de visitantes na cidade, caso esses sejam a maioria no estádio.

Os dados a respeito da capacidade da rede hoteleira na Capital foi divulgada no final de 2012 pelo Ministério do Esporte, baseado em levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério do Turismo.

Divulgação

Arena Pantanal: capacidade de torcedores é superior ao número de leitos na cidade

O problema de acomodação preocupada os empresários do setor de turismo no Estado, que temem que a falta de investimentos no setor possam impactar diretamente no crescimento e exploração do setor (Leia mais AQUI).

Panorama nacional


Outras três cidades-sede também possuem leitos aquém do necessário, segundo matéria veiculada pelo portal UOL (Clique AQUI).

Brasília (DF), Fortaleza (CE) e Manaus (AM) não conseguirão abrigar a todos os visitantes, segundo o Governo Federal, mesmo com todos os investimentos que estão sendo feitos no setor nessas cidades.

A rede hoteleira de Manaus, por exemplo, poderá receber 20 mil turistas em 2014, o que não corresponde à metade da capacidade da Arena Amazônia (44 mil torcedores).

Já os hotéis de Brasília estão prontos para acomodar 53 mil visitantes durante o Mundial, enquanto a Arena Mané Garrincha terá capacidade para abrigar 72,7 mil torcedores.

Em Fortaleza, a situação se repete. O Castelão terá capacidade para receber 63,7 mil torcedores nos jogos da Copa, mas a cidade está preparada para acomodar apenas 55 mil pessoas.

Veja o quadro montado pelo portal UOL, com base em informações do Ministério do Esporte:


Cidade-sede

Leitos em hotéis hoje

Leitos em hotéis em 2014

Capacidade do estádio

São Paulo

170 mil

173 mil

67,5 mil (Itaquerão)

Rio de Janeiro

126 mil

142 mil

79 mil (Maracanã)

Belo Horizonte

48 mil

71 mil

62,3 mil (Mineirão)

Porto Alegre

62 mil

69 mil

50 mil (Beira-Rio)

Salvador

54 mil

60 mil

55 mil (Fonte Nova)

Fortaleza

40 mil

55 mil

63,7 mil (Castelão)

Curitiba

46 mil

54 mil

43 mil (Arena da Baixada)

Brasília

51 mil

53 mil

72,7 mil (Mané Garrincha)

Recife

40 mil

51 mil

46 mil (Arena Pernambuco)

Natal

38 mil

43 mil

42 mil (Arena das Dunas)

Manaus

17 mil

20 mil

43,7 mil (Arena Amazônia)

Cuiabá

14 mil

18 mil

44,3 mil (Arena Pantanal)

Fonte: Ministério do Esporte (dez/2012)


Fifa quer solução


Em sua última visita ao país, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, pediu uma solução aos governantes para solucionar o problema de hospedagem, a fim de garantir que os torcedores que irão acompanhar os jogos da Copa tenham, se não leitos, ao menos como viajar a outras cidades que possam acomodá-los.

O Ministério do Esporte criou um grupo de trabalho, com participação da Fifa, a fim de preparar um plano operacional para acomodação dos visitantes, mas descarta a possibilidade de faltar leitos no país durante a competição.

Saída encontrada


Em entrevista ao MidiaNews, o secretário extraordinário da Copa do Mundo (Secopa), Maurício Guimarães, minimizou os problemas de falta de leitos durante o torneio, afirmando que a pasta já deu início, neste ano, à organização da logística de acomodação e turismo durante o Mundial (Leia mais AQUI).

Segundo dados da própria Secopa, 70 mil turistas são esperados em Cuiabá durante o Mundial, em junho de 2014, enquanto o número atual de leitos não chega a suprir 25% dessa demanda.

Para driblar a falta de acomodação, a pasta pretende implantar na Capital e nas cidades vizinhas um sistema de “Cama e Café”. O cadastro das famílias interessadas em participar do programa, bem como a explicação de funcionamento do sistema à sociedade, deverá ser feito até o final deste ano.

Além disso, a Secopa passou a procurar representantes da sociedade civil organizada para fechar parcerias, a fim de abrigar os torcedores que forem acompanhar o Mundial em Cuiabá. É o caso do Rotary, que já selou acordo com a pasta.



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COMENTÁRIOS
5 Comentário(s).

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Antonio Iracildo  23.01.13 09h17
Já viagei para varios congressos no Brasil, como Campo Grande, Joao Pessoa, Goiania, Salvador e o que presenciamos é que todos os Estados não possuiem hoteis suficientes, então parem de criticar a nossa rede hoteleira, Cuiabá fará um papel digno sim, abrigar a todos que por aqui vierem.
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Edgar  22.01.13 17h20
As casas de Cuiabá estão muito aquém das casas européias e americanas. Portanto, para não passarmos vergonha, teríamos que fazer "bed and breakfast" somente nos bairros mais nobres e nos condomínios fechados. A pergunta é : rico precisa de estranho em sua casa ? Passaremos vergonha !!!
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José Herculano da Silva  22.01.13 17h17
Vamos colacar barracas no estádio, acomodar todo mundo lá. Afinal tudo gira em torno do circo da bola! De pão e circo vão vivendo os brasileiros. Espero que não ocorra nenhum acidente com estrangeiros que dependam de utilizar as policlínicas ou pronto-socorro, seria uma vergonha internacional se depararem com a falta de pasmem ... gazes para um curativo. Pior ainda seria terem que ficar hospitalizado, afinal dormir em chão de hospital seria demais né.
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Eduardo M.  22.01.13 16h31
Até concordo com você Ricardo. Mas leia a notícia antes de comentar. Os outros leitores agradecem.
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Ricardo  22.01.13 15h49
Gente não tem nem Hospital pra quem mora aqui. A copa do mundo será simplesmente um barril de dinheiro em obras.
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