LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O governador Silval Barbosa (PMDB) classificou como um “errinho” o problema detectado na execução de um dos pilares do viaduto da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que integra o pacote de obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Grande Cuiabá.
A falha foi admitida na tarde de ontem (11) pelo Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, responsável pela obra, formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda.
O erro terá que ser corrigido para garantir o nivelamento entre as três faixas do elevado rodoferroviário, por onde passarão os veículos em geral e o novo modal de transporte coletivo.
"Houve um errinho. Se é no pilar, no asfalto ou no meio-fio, eles tem que corrigir e me entregar a obra pronta"
“Teve um probleminha no projeto, que será corrigido. A despesa não é nossa, é do Consórcio. Houve um errinho. Se é no pilar, no asfalto ou no meio-fio, eles tem que corrigir e me entregar a obra pronta”, disse, em entrevista ao
MidiaNews.
A declaração foi dada durante o evento de contagem regressiva de um ano para a Copa do Mundo, realizado na manhã desta quarta-feira (12), na Arena Pantanal.
Silval reclamou da “polêmica” feita em torno do problema na obra do elevado e comparou o erro encontrado na obra com as mudanças já feitas no projeto do estádio, a pedido da Federação Internacional de Futebol (Fifa).
“Se vocês soubessem o que já foi alterado nesse estádio. A Fifa já fez 198 alterações aqui na Arena e ninguém falou nada. Não sei porque vocês estão polemizando um pilar. Não sei porque foram falar do bendito do pilar”, afirmou.
A falhaO secretário da Copa, Maurício Guimarães, disse que o desnível é de aproximadamente 30 centímetros, e foi identificado pelo consórcio há aproximadamente 30 dias, quando do lançamento e fixação de uma das vigas na pista que faz o sentido Coxipó-Centro.
"Não sei porque vocês estão polemizando um pilar"
“Um dos pilares, na sua concretagem, está com uma diferença de altura. Quando colocou as vigas, isto foi identificado. A obra tem um engenheiro que fez o projeto e é ele que precisa dar a solução. Se for necessário, demole esse pilar e constrói outro de acordo com as especificações. Se houver uma solução técnica melhor, como uma complementação, ela será aprovada e adotada”, disse.
Guimarães ressaltou que a decisão deverá ser tomada ainda na tarde desta quarta-feira e a correção deverá ser realizada durante o próximo final de semana, mas que isso não significa que haverá aditivos ao contrato de R$ 1,477 bilhão (valor global da obra do VLT).
“Esse foi um caso isolado, está sendo corrigido, não impacta o cronograma e não gera custos adicionais, porque se trata de uma obra licitada em RDC [Regime Diferenciado de Contratação], contratada sem aditivo. O projeto e a obrigação são da construtora. Nós contratamos a obra pronta. Qualquer erro ou problema na execução é de custo exclusivamente do contratado”, afirmou.
O secretário afirmou ainda que o Governo do Estado não irá receber obras que não esteja de acordo com o que foi assinado em contrato, a exemplo do que já ocorreram nas avenidas Juliano Costa Marques e Camboriú.
“Se a obra não está de acordo, apresenta-se uma proposta de correção e ele é refeita. [...] O fato da obra ter um cronograma apertado não significa que ela está sendo feita de qualquer jeito. Todas as obras estão sendo acompanhadas e a Secopa possui 10 engenheiros que acompanham diariamente todos os projetos em execução”, disse.
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