LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O Consórcio VLT Cuiabá confirmou, para o próximo domingo (12), o início das intervenções necessárias para a implantação da via permanente do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), na Avenida XV de Novembro, no bairro do Porto, em Cuiabá.
O início das obras na via já foi anunciado e adiado algumas vezes, desde o final do ano passado, pela Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa).

"A ideia é de que no dia 12 nós já tenhamos completado a implantação das rotas alternativas"
No entanto, o gerente de contrato do Consórcio VLT Cuiabá, engenheiro civil Fernando Orsini, disse ao
MidiaNews que os estudos na via e a implantação dos desvios já tiveram início.
“A ideia é de que, no dia 12, nós já tenhamos completado a implantação das rotas alternativas para efetivamente darmos início, ainda na semana seguinte, a mexer com as escavações”, afirmou.
De acordo com Orsini, apesar de causar mais mudanças no trânsito da região – principalmente, entre as pessoas que usam a avenida para ter acesso à Avenida da FEB, em Várzea Grande –, a obra é mais simples do que as demais já em andamento do VLT na Grande Cuiabá.
“É uma intervenção mais simples, mas que vai também vai causar algum transtorno. Nós não estamos trabalhando para parar a cidade, mas é lógico que as obras causam transtornos temporários, para garantirmos benefícios permanentes”, disse.
O engenheiro explicou que a XV de Novembro terá apenas a pista central interditada, deixando uma faixa de circulação de cada lado para que os motoristas tenham acesso livre ao comércio local.
No entanto, o sentido do trânsito será modificado, com uma pista seguindo em direção à Ponte Júlio Müller – que liga a Capital à Várzea Grande – e a outra ligando a Cidade Industrial à Avenida XV de Novembro.
“A XV de Novembro vai ficar com uma pista indo e outro vindo”, disse.

"A XV de Novembro vai ficar com uma pista indo e outra vindo"
Ele alertou, ainda, para a mudança no fluxo de trânsito na Avenida Tenente-Coronel Duarte (Prainha). A via, que hoje apenas leva o fluxo de Várzea Grande e Avenida Beira Rio para a região do CPA, também dará vazão ao fluxo contrário.
“A Prainha, na região atrás do Atacadão, vai inverter o fluxo que hoje é só sentido CPA, para virar fluxo duplo”, explicou.
Já na região da Prainha, onde será feita a revitalização do canal de mesmo nome, as obras também não devem demandar a interdição total da via, segundo Orsini.
“Na Prainha nós vamos manter duas faixas de circulação e vamos trabalhar apenas na faixa do canteiro central. Vamos ter intervenções pontuais nessa avenida”, afirmou.
A obraA Avenida XV de Novembro não irá ganhar obras de arte (viadutos, pontes ou trincheiras). Na via será implantada toda a infraestrutura do VLT, composta pela via permanente, rede aérea de tração e estações de transferência.

"É uma intervenção mais simples, mas que vai também vai causar algum transtorno"
A instalação será feita no meio da via, onde hoje estão localizadas as faixas de rolamento (central e metade das duas adjacentes).
VLT na PrainhaO VLT irá operar nos dois sentidos de circulação em toda a extensão da Avenida XV de Novembro.
A avenida terá duas estações de transferência. Uma será localizada próxima ao Atacadão, que também fará a integração com a rede de ônibus das regiões Oeste (Verdão, Cidade Alta e entorno) e Centro-Leste (Jardim Europa, Unic, Unirondon, Grande Terceiro e entorno).
A outra estação, uma plataforma de embarque e desembaque mais simples (padrão), será instalada na altura da Rua Caetano Santana, onde está localizado o Fiemtec (local de ensino mantido pela Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso).
Operação do VLTO metrô de superfície percorrerá 22,2 km, divididos em dois eixos.
O Eixo 1, que ligará a região do CPA, em Cuiabá, ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, terá 15 km. Já o Eixo 2, que fará a ligação entre o Centro e a região do Coxipó, terá 7,2 km.
O novo modal será implantado em dois corredores estruturais do transporte coletivo e passará pelas avenidas João Ponce de Arruda e FEB (em Várzea Grande), e também pelas avenidas XV de Novembro, Tenente Coronel Duarte (Prainha), Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), Coronel Escolástico e Fernando Corrêa da Costa.
Serão construídas 33 estações e três terminais de integração. O eixo 1 conta com 22 e o eixo 2 com 11 estações.
Até o momento, duas obras de arte desse pacote já foram iniciadas: a trincheira do KM Zero em Várzea Grande e o viaduto da UFMT, em Cuiabá. Os próximos canteiros de obras, já montados, são os de construção dos viadutos da MT-040, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, e da Sefaz, na Avenida do CPA.
O consórcio VLT Cuiabá – formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda. – é responsável pela execução da obra.