LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, responsável pela implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Grande Cuiabá, deu início, nesta sexta-feira (20), à obra para reforço do Canal da Prainha, na Avenida Tenente-Coronel Duarte.
A obra será realizada em etapas. Segundo a assessoria, a primeira fase será no trecho compreendido entre o entroncamento da Prainha com as avenidas XV de Novembro e Dom Bosco – nas proximidades do ginásio de esportes do Colégio Salesiano São Gonçalo.
Neste sábado (21), serão iniciados os trabalhos nessa nova frente de serviço, com a execução das estacas, que fazem parte da fundação da estrutura.
Para tanto, será necessária a realização de intervenções no trânsito, como o bloqueio de uma faixa de rolamento em cada sentido da pista.
Edson Rodrigues/Secopa
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Obra teve início nas proximidades do ginásio de esportes do Colégio São Gonçalo
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Segundo o consórcio, o maior fluxo de trabalho será realizado no período noturno, com objetivo de reduzir o impacto no trânsito na região.
Avanço da obraAs atividades nos demais trechos, porém, ainda dependem da autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para serem executadas.
No momento, o órgão está analisando os relatórios de resgate arqueológico feitos pelo consórcio na região.
O cuidado é necessário devido ao Córrego da Prainha ser uma estrutura histórica em Cuiabá e, portanto, precisa ser preservado.
Segundo o consórcio, a área foi minuciosamente estudada pelas equipes de engenharia civil (projetista e de produção) e ambiental, incluindo arqueologia e sondagens usando um scanner sobre o canal, que verificou a profundidade do córrego e outros elementos importantes para a definição do método construtivo.
A obraO reforço do canal é essencial para a implantação da via permanente do Eixo 1 (CPA-Aeroporto) do VLT, por onde o modal irá passar.
Edson Rodrigues/Secopa
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Avanço das obras em outros trechos dependem da aprovação do Iphan
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Sendo assim, o Consórcio VLT afirmou ter optado por um método construtivo que vai causar impacto mínimo na estrutura do canal, que tem cerca de 2 km de extensão, entre a Avenida XV de Novembro, no Porto, até próximo à sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA).
A obra prevê a execução de estacas nas laterais do canal e a colocação de lajes sobre a estrutura original do córrego, de forma a construir um reforço supracanal, sem apoiar na atual estrutura, auxiliando na sua preservação.
Isso, segundo o consórcio, diminui significativamente a quantidade de obras no local.
VLTO reforço do Canal da Prainha está incluso no pacote do VLT, orçado em R$ 1,477 bilhão.
Previsto para ser implantado em dois eixos (CPA-Aeroporto e Coxipó-Centro), o VLT deverá passar pelos canteiros centrais das principais avenidas de Cuiabá e Várzea Grande: Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), FEB, XV de Novembro, Tenente-Coronel Duarte (Prainha), Coronel Escolástico e Fernando Corrêa da Costa.
O projeto inclui não apenas a implantação dos trilhos, a construção dos vagões do metrô de superfície e o reforço do canal da Prainha, mas também a execução de 12 obras de arte – cinco viadutos, quatro trincheiras e três pontes – ao longo dos 22,2 km de trajeto do VLT.
Segundo o último relatório divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), com base em 31 de julho deste ano, o consórcio executou 37,98% da obra, quando o esperado era que a construção estivesse com 68,99% dos serviços executados.
O prazo de entrega, porém, permanece o mesmo: 13 de março de 2014.