LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Após apresentar problemas na qualidade no material usado para a execução da capa asfáltica, o Viaduto da Sefaz poderá ter todo seu recapeamento refeito.
A obra integra o pacote de intervenções para implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Grande Cuiabá e está sendo executada pelo Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande.
Conforme o secretário da Copa, Maurício Guimarães, afirmou ao
MidiaNews, a obra apresentou o mesmo problema do Viaduto do Despraiado: má qualidade da brita utilizada no asfaltamento da obra e das vias marginais.
“Nós fizemos uns ensaios e a primeira amostra não passou. Está sendo feita a contraprova, agora. É a mesma coisa do Despraiado: o ‘traço’ [do asfalto] não fechava. Se não passar, nós vamos mandar frisar e refazer a capa asfáltica”, disse.

"É a mesma coisa do Despraiado: o ‘traço’ [do asfalto] não fechava. Se não passar, nós vamos mandar frisar e refazer a capa asfáltica"
O resultado do novo teste ainda não foi divulgado pela pasta. Mas, segundo Guimarães, caso o processo precise ser refeito, pode resultar em um atraso de aproximadamente cinco dias.
“O que menos importa agora é o atraso. Temos que receber aquilo que foi contratado”, afirmou.
QualidadeO presidente da Comissão Parlamentar de Infraestrutura Urbana e Transportes da Assembleia Legislativa, deputado estadual Sebastião Rezende (PR), afirmou que o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) tem feito a avaliação do concreto utilizado em todas as obras da Copa do Mundo.
“Temos exigido da Secopa para que as empresas possam fazer a análise [da qualidade do material] antes. Porque, mesmo elas assumindo esse prejuízo, perdemos tempo e serviço, que precisa ser refeito. Nós precisamos de obra duradoura e que tenha qualidade”, disse.
Segundo Rezende, não adianta entrega as obras em dezembro, se elas não tiverem a qualidade necessária e prevista em contrato.
“A qualidade é imprescindível e a nossa comissão tem tomado esse cuidado de analisar o aspecto técnico das obras”, afirmou o deputado.
Viaduto da Sefaz

"[...] mesmo elas [empresas] assumindo esse prejuízo, perdemos tempo e serviço, que precisa ser refeito. Nós precisamos de obra duradoura e que tenha qualidade"
O viaduto, de 278 metros de extensão e formato de ferradura, integra o Eixo 1 de implantação do VLT que liga o CPA ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande.
A obra deverá ser usada exclusivamente como alça de retorno pelos motoristas que estiverem trafegando no sentido Centro-CPA e quiserem retornar à região central de Cuiabá ou ter acesso ao Centro Político Administrativo. Isso porque o viaduto rodoviário terá duas faixas de circulação em um único sentido.
O VLT, por sua vez, deverá passar por baixo da obra, na via permanente que será implantada sob o elevado.
De acordo com a Secopa, trafegam por aquele trecho da Avenida do CPA mais de 2,7 mil veículos por sentido nos horários de pico e o tráfego deverá ser revitalizado com a liberação para uso do elevado, diminuindo em até cinco minutos o tempo do percurso dos motoristas.
A construção integra o pacote de 13 obras de arte para implantação do VLT na Grande Cuiabá, ao custo total de R$ 1,477 bilhão.
Outro ladoPor meio de nota enviada ao
MidiaNews, o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande afirmou que "mantém um controle rigoroso sobre a qualidade dos serviços e obras em execução, e buscando elevar o índice de conforto aos usuários, permite-se, quantas vezes julgar necessário, e sem custos adicionais ao cliente, atuar na melhoria das condições de tráfego das obras, antes de sua efetiva entrega ao cliente".
De acordo com o consórcio, a execução da pavimentação deve continuar pelo próximo fim de semana, "para tão logo fazer a entrega oficial do viaduto da Sefaz e suas vias rodoviárias à Secopa, devidamente sinalizadas e iluminadas, em perfeitas condições de tráfego".