Cuiabá, Domingo, 15 de Junho de 2025
OBRAS DO VLT
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Quatro prédios serão implodidos e 41 imóveis desapropriados

Ações não tem data marcada; Modal será implantado no canteiro central

Mary Juruna/MidiaNews

Imóvel hoje utilizado pela loja Utilíssima: implosão é certa, mas não foi agendada

Imóvel hoje utilizado pela loja Utilíssima: implosão é certa, mas não foi agendada

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Os prédios onde hoje funcionam as empresas Papelaria Dunorte, Santana Tintas, Costura & Silt, Utilíssima, Pax Nacional e Casa da Fechadura, localizados na avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), serão demolidos para a implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).

As informações são da assessoria de imprensa da Secopa (Secretaria Extraordinária da Copa). Os imóveis são os de números 86, 141, 143 e 169.

A ação será realizada pela empresa Fábio Bruno Construtora, do Rio de Janeiro, contratada pela Secopa em modelo de Regime Diferenciado de Contratação (RDC) ao custo de R$ 3,6 milhões. A data do início das demolições não foi divulgada pela secretaria. 

Mary Juruna/MidiaNews

Prédios serão implodidos para implantação do VLT

A empresa também será responsável pela fragmentação e reciclagem de todo o material demolido no local.

Todos esses imóveis estão localizados nas proximidades do Morro da Luz (sentido CPA). Os valores a serem pagos pelo Governo do Estado aos proprietários dos imóveis ainda estão sendo levantados, segundo a pasta.

Também estão sendo levantados os valores a serem ressarcidos aos comerciantes locatários relativos ao Fundo de Comércio – o que eles deixaram de ganhar se tivessem com o seu comércio funcionando e o que eles tinham em seu fundo de estoque e que deixou de ser vendido.

Segundo o secretário da Copa, Maurício Guimarães, o VLT vai ocupar oito metros de canteiro central e as desapropriações são necessárias nos locais onde serão construídas as estações do modal – deixando apenas uma pista de cada lado para o tráfego geral.

Desapropriações


Segundo a Secopa, 255 imóveis deverão ser desapropriados ao longo dos dois eixos que compõem a implantação do VLT em Cuiabá e Várzea Grande – que ligam a região do Coxipó ao Centro da Capital e o Aeroporto Internacional Marechal Rondon à região do CPA – totalizando 22,2 km.

Apenas na região da Prainha, 41 imóveis deverão passar por ações de desapropriações totais e parcial, bem como de reintegração de posse.

Ao todo, 20 imóveis localizados entre a Praça Bispo Dom José e o Morro da Luz (sentido Centro-CPA) serão desapropriados. Destes, 15 sofrerão desocupação total e cinco terão apenas desapropriações parciais. O restante se trata de área pública que será retomada pelo Estado.

As demais desapropriações serão realizadas ao longo das demais vias que também passarão por obras para implantação dos trilhos do VLT e construção das chamadas obras de arte (pontes, elevados e trincheiras) que compõem o pacote do modal.

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Prédio onde funciona a Utilíssima será demolido

Conforme o MidiaNews publicou em julho do ano passado, foram avaliados os imóveis elas Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA), Coronel Escolástico, Fernando Corrêa da Costa, XV de Novembro e FEB.

A pasta publicou no Diário Oficial, na época, que a empresa Diefra/Cappe seria a responsável por fazer o levantamento dos locais a serem desapropriados, bem como a lista de localização de todas as áreas a serem desocupadas para a realização das obras de implantação do metrô de superfície.

Implantação do VLT


O novo meio de transporte público será implantando no canteiro central dessas vias, e deverá contar com três terminais de integração e 33 estações, com uma distância média de 500 a 600 metros entre um ponto e outro.

O VLT foi licitado pela Secopa em maio de 2011. O contrato, no valor de R$ 1,477 bilhão, foi assinado pelo Estado com o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida S/A Engenharia de Obras, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia e Astep Engenharia.

A obra é bancada pelo Governo do Mato Grosso, com empréstimos da Caixa Econômica Federal e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e é alvo de ações judiciais movidas pelo Ministério Público Federal.

Ao longo dos 22,2 km de trajeto do VLT, estão previstas as construções de cinco viadutos, quatro trincheiras e três pontes.

A capacidade máxima de passageiros será de 400 pessoas por carro (cada carro é formado por sete vagões) e o tempo de espera para o embarque será de até quatro minutos, segundo a Secopa.

Leia mais sobre o assunto:


Governo define desapropriações para construir o VLT

Secopa vai desapropriar 255 imóveis para implantar VLT
GALERIA DE FOTOS
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Letícia  27.06.13 11h17
Pela lei primeiramente têm que haver a indenização desses locatários e proprietários, para só então ser feita a desapropriação.
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Mainardo Aragao  26.06.13 18h22
Com VLT ou não todos esses edificios já deveriam ter sido demolidos ha anos. É o interesse de meia dúzia se sobrepondo a toda uma cidade. Aberração urbanística que atrapalha o transito ha décadas e ainda sufoca o Morro da Luz.
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manoel ribeiro  26.06.13 08h19
Pergunta que não quer calar: Porque interditaram e/ou desviaram o transito na Av. Cel. Escolástico, e até agora nada aconteceu???????Esi a questão!! Percebe-se que a inetrdição foi precoce demonstrando total falta de planejamento. Quanto mais caótico, melhor né Sr. Secretário????
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Ronildo Lazaro  25.06.13 22h48
As obras da Secopa na Rua das Mangueiras no bairro Shangri-la pararam na parede de uma velha Lojinha de estofados. Será que não acontecerá o mesmo na prainha?
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Gilson Barros  25.06.13 21h37
Por favor Governador,de uma passada no PS de Cuiabá e Várzea Grande e pense o quanto o povo de Mato Grosso foi enganado em ter VLT e não ter nem saúde e nem educaçäo.
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