Tecnologia 4G ainda não começou a ser implantada na Capital

A instalação de antenas para funcionamento da internet de quarta geração da telefonia móvel (4G) – uma das exigências da (Fifa) para a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil – ainda não teve início em Cuiabá.

A entidade espera que as 12 cidades-sedes do torneio ofereçam internet de qualidade aos torcedores – tanto nos serviços de banda larga quanto na internet móvel, utilizada em smartphones e tablets, por exemplos. Hoje, a tecnologia em uso na Capital é ainda de terceira geração (3G).

Segundo reportagem publicada no Portal UOL, as prestadoras de telefonia móvel assinaram termo de compromisso para o compartilhamento de infraestrutura de 4G e, apenas na Capital de Mato Grosso, 215 antenas deveriam estar instaladas e em funcionamento até dezembro deste ano (Leia mais AQUI).

Porém, de acordo com informações da assessoria de imprensa da Prefeitura de Cuiabá, que é responsável pela emissão das licenças de instalação de antenas e torres de celulares na cidade, nenhuma operadora fez solicitações ao Município referente à tecnologia 4G.

Recentemente, o ministro de Comunicações, Paulo Bernardo, pediu o apoio dos prefeitos para facilitar a instalação das antenas e torres de celulares no país, afirmando que o país precisava “ter qualidade e cobertura, porque as pessoas estão reclamando”.

“Precisamos ter serviço de melhor qualidade, mas se os municípios não deixarem instalar antenas, não vai ter o serviço", disse.

No entanto, isso não é o que acontece na Capital, segundo a Prefeitura. Segundo o Município, todo o processo – desde o pedido de instalação até a emissão do parecer técnico – não dura mais do que duas semanas.

Processo

As empresas devem protocolar o pedido pela licença prévia de localização e atividade à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Assuntos Fundiários (SMAAF), por meio da Prefeitura de Cuiabá.

A solicitação é, então, enviada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU) para que seja dado o parecer favorável ou não à instalação das antenas, levando em conta especificações técnicas como altura, estrutura e alcance.

Dados nacionais

Segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal, as 12 cidades-sedes do Mundial vão precisar de 9.566 licenças para a instalação de antenas de quarta geração da telefonia móvel.

De acordo com a entidade, a cidade que mais exigirá antenas será São Paulo, com 2.784. Em segundo lugar, aparece o Rio de Janeiro, com 1.723, seguido de Brasília, com 954. Na sequência, Porto Alegre, com 665, e em quinto lugar Curitiba, com 652 antenas. Em sexto, está Belo Horizonte, com 642, à frente de Salvador (564), do Recife (490), de Fortaleza (441), Manaus (271), Cuiabá (215) e Natal (165).

A primeira faixa de frequência que será usada no Brasil pela tecnologia 4G será a de 2,5 giga-hertz, leiloada no ano passado. Segundo o sindicato, a frequência exige número de antenas de duas a três vezes superior ao do que é necessário para a tecnologia 3G, que é usada atualmente para o acesso à internet móvel.

Pelo cronograma de instalação, previsto no edital, a 4G deve estar funcionando em abril deste ano nas cidades-sede da Copa das Confederações e em dezembro de 2013 nas cidades-sede da Copa do Mundo.