LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Faltando uma semana para encerrar o mês de janeiro, apenas três das quatro frentes de obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) anunciadas pelo Governo do Estado para este mês foram iniciadas: os viadutos da Sefaz e da MT-040, em Cuiabá, e a implantação dos trilhos na Avenida João Ponce de Arruda, em Várzea Grande.
Já as obras para implantação da via permanente do VLT na Avenida XV de Novembro, anunciadas e agendadas para dezembro do ano passado, até hoje não tiveram início.
Se nada for feito durante esta última semana, será a terceira vez que a interdição da via precisará ser adiada pela Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa). Com isso, as obras no local deverão ter início apenas em fevereiro.
Segundo a assessoria da pasta, as dificuldades encontradas pelo Consórcio VLT Cuiabá, responsável pelas obras, se encontram na alteração do trânsito no local. A avenida está localizada na região central e é uma das principais rotas de ligação entre a Capital e Várzea Grande.
A interdição da XV de Novembro não será total, mas irá demandar a mudança do fluxo de veículos para a avenida paralela, que hoje é apenas usada por quem sai de Várzea Grande em direção a Cuiabá.
Edson Rodrigues/Secopa
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Obras na Avenida Fernando Corrêa da Costa já tiveram início
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Caso o desvio oficial anunciado anteriormente pelo diretor de Mobilidade Urbana da Secopa, Rafael Detoni, não sofra alteração, a avenida deverá ter apenas a faixa central interditada, deixando uma faixa de rolamento de cada lado livre para o acesso ao comércio.
O fluxo de passagem dessa avenida, então, será desviado para a Avenida Tenente-Coronel Duarte, conhecida como Prainha.
“Hoje, as duas pistas que ligam o camelódromo [Shopping Popular] até o Ginásio do Colégio São Gonçalo fazem um sentido só, em direção ao centro da cidade. Porém, após a interdição, uma delas voltará a fazer o sentido inverso, como era o trânsito antigamente”, explicou ele, à época.
A alteração no trânsito, aliás, seria de forma definitiva, mesmo após a conclusão das obras da Copa do Mundo.
A obraA Avenida XV de Novembro não irá ganhar obras de arte (viadutos, pontes ou trincheiras). Na via será implantada toda a infraestrutura do VLT, composta pela via permanente, rede aérea de tração e estações de transferência.
A instalação será feita no meio da via, onde hoje estão localizadas as faixas de rolamento (central e metade das duas adjacentes).
VLT na PrainhaO VLT irá operar nos dois sentidos de circulação em toda a extensão da Avenida XV de Novembro.
A avenida terá duas estações de transferência. Uma será localizada próxima ao Atacadão, que também fará a integração com a rede de ônibus das regiões Oeste (Verdão, Cidade Alta e entorno) e Centro-Leste (Jardim Europa, Unic, Unirondon, Grande Terceiro e entorno).
A outra estação, uma plataforma de embarque e desembarque mais simples (padrão), será instalada na altura da Rua Caetano Santana, onde está localizado o Fiemtec (local de ensino mantido pela Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso).
Operação do VLTO metrô de superfície percorrerá 22,2 km, divididos em dois eixos. O Eixo 1, que ligará a região do CPA, em Cuiabá, ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, terá 15 km. Já o Eixo 2, que fará a ligação entre o Centro e a região do Coxipó, terá 7,2 km.
Thiago Bergamasco/MidiaNews
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Interdição na Avenida do CPA para construção do Viaduto da Sefaz alterou o trânsito na região
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O novo modal será implantado em dois corredores estruturais do transporte coletivo e passará pelas avenidas João Ponce de Arruda e FEB, em Várzea Grande, e também pelas avenidas XV de Novembro, Tenente Coronel Duarte (Prainha), Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), Coronel Escolástico e Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá.
Serão construídas 33 estações e três terminais de integração. O eixo 1 conta com 22 e o eixo 2 com 11 estações.
Até o momento, quatro obras de arte desse pacote já foram iniciadas: a trincheira do KM Zero em Várzea Grande, e os viadutos da UFMT, MT-040 e Sefaz, em Cuiabá.
Além disso, o canteiro de obras para adequação e implantação da via permanente na Avenida João Ponce de Arruda, em Várzea Grande, já está sendo movimentado, segundo a Secopa.
O consórcio VLT Cuiabá – formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda. – é responsável pela execução da obra, orçada em R$ 1,47 bilhão.
A previsão é de que a obra seja entregue até março de 2014, de acordo com o cronograma do governo.