LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
Candidato a vice-prefeito de Cuiabá na chapa encabeçada pelo vereador Lúdio Cabral (PT), o advogado Francisco Faiad (PMDB) afirmou que coligação formada entre as duas siglas é "absolutamente coerente". Ele disse, no entanto, que outros candidatos terão que se explicar perante o eleitorado.
“A coligação PMDB-PT existe no plano federal e estadual. Então, não existe incoerência, como estamos vendo em algumas outras. Tem gente que vai ter que se explicar. Por que na eleições passadas um bateu no outro e, agora, estão juntos?", questionou.
Como exemplo, ele citou o fato de o senador Pedro Taques (PDT) estar no mesmo palanque que o também senador Blairo Maggi (PR) – a quem acusou de prática de corrupção pelo "Escândalo dos Maquinários", durante a campanha de 2010. Ambos apóiam o candidato Mauro Mendes (PSB).
“São situações que terão que ser justificadas. No nosso caso, não vamos ter que justificar nada, até porque estamos juntos no campo federal e estadual”, afirmou.
O "Escândalo dos Maquinários" ganhou projeção nacional pelo superfaturamento de R$ 44 milhões na compra de máquinas, caminhões e equipamentos pelo então governador Blairo Maggi. Ontem, o Tribunal de Justiça determinou o bloqueio de bens dos ex-secretários Geraldo de Vitto (Administração) e Vilceu Marchetti (Sinfra), acusados de participação no esquema.
UnidadeFaiad disse que o alinhamento entre PT e PMDB, em nível federal e estadual, será uma das bandeiras a serem exploradas de forma prioritária na campanha.
Segundo ele, serão mostrados aos eleitores as realizações e avanços implementados pela presidente Dilma Rousseff (PT) e seu vice Michel Temer (PMDB), em nível federal, e pelo governador Silval Barbosa (PMDB), em nível estadual.
“Teremos condições de fazer uma campanha propositiva e, com base no que vem sendo feito pelo governo federal e pelo governo estadual, apresentar propostas para Cuiabá. O alinhamento dos governos será um dos tópicos principais da campanha, e vamos mostrar a importância disso no horário eleitoral gratuito”, disse Faiad.
Ele também, falou sobre a participação de lideranças nacionais. “A coligação PT-PMDB facilita a presença de dirigentes nacionais, como a presidente da República, o vice-presidente Michel Temer, ministros, além do governador do Estado e secretários. Temos plenas condições de fazer uma campanha com a participação dessas autoridades”, planeja o candidato.
Espaço para crescerFaiad afirmou que o baixo percentual de intenção de votos do petista não o preocupa, pois há margem para crescer nas pesquisas.
“Desempenho nas pesquisas não nos preocupa, absolutamente, porque a campanha começa agora. O Lúdio tem um índice de rejeição que é o menor de todos Ele não tem desgaste, é um candidato leve, e tem uma aceitação popular muito boa. Então temos condições extremamente favoráveis para começar a campanha, com plenas condições de evoluirmos”, observou.