Cuiabá, Sábado, 27 de Setembro de 2025
FORA DAS PÁGINAS POLICIAIS; VÍDEOS
27.09.2025 | 18h10 Tamanho do texto A- A+

“Saúde agora é transparente; a gente preza por trabalho honesto”

Secretária busca reestruturação após “desmonte” da gestão Emanuel Pinheiro

Yasmin Silva/MidiaNews

A secretária de Saúde de Cuiabá, Danielle Carmona

A secretária de Saúde de Cuiabá, Danielle Carmona

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

Há quase dois meses no comando da Secretária de Saúde de Cuiabá, a servidora pública Danielle Carmona, disse que a gestão Abilio Brunini (PL) enfrenta o desafio de reorganizar o sistema municipal após um período de desestruturação.

 

É uma gestão honesta, que cumpre todas as etapas burocráticas para garantir onde o dinheiro público está sendo aplicado

Carmona destacou que, diferente das polêmicas e operações policiais ocorridas durante a administração do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (PSD), o momento atual é de transparência e rigor na aplicação de recursos.

 

“É uma gestão honesta, que cumpre todas as etapas burocráticas para garantir onde o dinheiro público está sendo aplicado”, afirmou.

 

Ela lembrou o período de intervenção estadual, em 2023, como um momento turbulento e disse que as mudanças foram desfeitas, em 2024.

 

"Tudo que foi proposto e alcançado pela equipe de intervenção sofreu desestruturação. Agora buscamos novamente reestruturar a Saúde, e isso exige tempo para consolidar”, disse.

 

Ao MidiaNewsCarmona também ressaltou que o orçamento de R$ 1,7 bilhão, incluindo repasses à Empresa Cuiabana, não cobre todas as demandas deste ano. “Há um grande passivo acumulado na saúde do município”, disse.

 

 

Confira os principais trechos da entrevista (e o vídeo com a íntegra ao final da matéria):

 

MidiaNews - A senhora foi interventora e administrou a Saúde de Cuiabá em 2023. Sentiu alguma diferença de quando assumiu a Saúde naquele período e agora?

 

Danielle Carmona - O período da intervenção foi um período bem conturbado. Foi um processo judicial e o tempo era muito curto para que pudéssemos realizar um planejamento e uma reestruturação em toda a Saúde municipal.

 

Inicialmente, seria um período de 90 dias e depois foi até dezembro de 2023. Hoje, o cenário que encontramos é de que tudo que foi proposto, trabalhado e alcançado pela equipe de intervenção, observa-se que houve uma desestruturação desses planejamentos e de questões estruturais também na Saúde de Cuiabá. 

 

Agora, na atual gestão, estamos buscando novamente reestruturar a saúde. É um planejamento que necessita de um tempo para que possa se consolidar.

 

MidiaNews - Pode falar o que foi desestruturado? Pode nomeá-los?

 

Yasmin Silva/MidiaNews

Danielle Carmona

A secretária Danielle Carmona, que diz que gestão Emanuel desfez organização institucional da Pasta

Danielle Carmona - Quando a gente olha internamente para a Secretaria, existe toda uma organização institucional. Isso se perdeu, isso foi desfeito! A Secretaria depende dessa organização para que os trabalhos andem dentro de uma visão de que a instituição pretende alcançar. Olhando o plano de saúde, as metas as quais devem ser seguidas. 

 

Além dessa organização, observa-se os fluxos nas unidades de trabalho. Quando a gente olha para os hospitais, por exemplo, houve uma suspensão das cirurgias eletivas, principalmente no Pronto-Socorro.

 

Os indicadores ficaram muito abaixo daquilo que foi alcançado e daquilo que foi esperado durante a intervenção. Houve um descontentamento muito grande de todos os servidores. Várias metas que estavam previstas no plano de trabalho para serem alcançadas, inclusive do próprio Termo de Ajustamento de Conduta, não foi possível alcançá-las devido a essa desestruturação. 

 

MidiaNews - Esse Termo de Ajustamento de Conduta, não limitou nenhuma ação da gestão anterior?

 

Danielle Carmona - Na verdade, o TAC estabelece umas 320 cláusulas em que direciona o gestor municipal, seja quem for, seguindo as portarias ministeriais, todas as legislações, para que tenha um bom gerenciamento na área da Saúde e dentro dessas cláusulas eram estabelecidas metas. Metas possíveis de serem alcançadas e algumas que foram alcançadas durante o período interventivo.

 

O objetivo era: “Saúde, vocês precisam seguir essa meta e nunca abaixar e sim aumentar, porque é possível acontecer”. No entanto, não foi o que aconteceu. As metas não foram alcançadas, as ações não foram executadas e houve uma performance muito ruim.

 

Mas o TAC continua, não tem previsão de acabar justamente para que o gestor, independente de quem for, cumpra com o que está posto e consiga entregar uma Saúde melhor. 

 

MidiaNews – O TAC não engessa a gestão da Saúde?

 

Danielle Carmona - Não vejo por esse lado, porque o que está estabelecido é o que o Ministério da Saúde já coloca para os gestores. Vem através das portarias. 

 

Victor Ostetti/MidiaNews

Danielle Carmona

Carmona: TAC com MPE não engessa gestão, mas, sim, dá diretrizes gerenciais

O que consta ali? A organização dos serviços, as metas estipuladas pelos indicadores da União, tem indicadores municipais para que sejam alcançados, e a melhoria do atendimento.

 

Ele também entra na reforma de estruturas físicas, a manutenção regular de medicamentos, de insumos, a garantia de mão de obra, de serviços de imagem... Conta a média mínima de realização de cirurgias eletivas, amarra a questão de alcançar um bom faturamento hospitalar para que consiga novos recursos, há metas de habilitação.

 

Então, não há que se falar em engessar, mas, sim, de dar diretrizes gerenciais.

 

MidiaNews - Quando a senhora era interventora, em uma entrevistada dada ao MidiaNews, disse que a UPA Verdão, por exemplo, não havia ingressado com processo de habilitação para obter recursos federais. Há unidades desse mesmo cenário em Cuiabá?

 

Danielle Carmona – Sim. Todas as UPAs hoje possuem habilitação, mas existem algumas habilitações pendentes de serviços nos hospitais. No Hospital Municipal de Cuiabá, o HMC, e também algumas outras habilitações que é do Centro de Reabilitação.

 

MidiaNews - Na gestão do prefeito Emanuel, a Saúde foi um dos principais gargalos e foi alvo de diversas operações policiais, até com escândalos de remédios vencidos. Qual é o panorama da Saúde hoje?

 

CDMic tem muitos medicamentos, mas não existem estoques muito grandes 

Danielle Carmona - Primeiro: é uma gestão transparente em que a gente preza por um trabalho honesto: trabalhar dentro do que prevê a legislação, cumprindo todas as etapas burocráticas por diversos setores para que o gestor tenha garantia de onde estão sendo aplicados os recursos. 

 

Em relação à questão dos medicamentos, é algo que ficou muito forte, quando a gente olha o contexto da saúde. É uma das grandes preocupações. Hoje, no Centro de Distribuição do CDMic, que é o almoxarifado, apesar de existir muitos medicamentos, não existem estoques muito grandes, por mais de ano, justamente para evitar o desperdício.

 

E também há um controle em relação à aquisição dos medicamentos. Há critérios para o recebimento desses medicamentos que tenham um período de validade superior a um ano. E também há um controle junto às unidades, para que não vençam. A equipe tem monitorado muito bem em relação a isso.

 

 

 

MidiaNews – Foi noticiado pela imprensa, nas últimas semanas, que a Saúde estava com problema de distribuição desses medicamentos. Consta que o CDMic tinha poucas viaturas para distribuir os remédios para as unidades. Como está isso hoje? 

 

Danielle Carmona - Na verdade, isso veio à tona quando a gente recebeu uma grande quantidade de medicamentos e insumos e fizemos uma força-tarefa. A questão da força-tarefa não é pela falta de carros no almoxarifado para dispensação nas unidades. 

 

Chegaram muitos medicamentos, a equipe do almoxarifado se organizou e queríamos que esses insumos chegassem às unidades de Saúde naquela mesma data. 

 

Fizemos uma compra grande e ainda há medicamentos para chegar. Pelo menos três vezes por semana estão chegando caminhões de medicamentos

O que foi feito? Convocamos os coordenadores da região de Saúde e os responsáveis por algumas unidades e junto a setores da Prefeitura para que nos disponibilizassem carros e abastecêssemos todas as unidades naquela mesma data. 

 

Quando a gente fala só de atenção primária à Saúde, são 144 equipes de saúde da família espalhados em toda a cidade. Então, isso leva tempo para entregar. Esse foi o motivo da força-tarefa. 

 

Agora, o almoxarifado possui os veículos suficientes para entregar os medicamentos, conforme as rotas programadas. 

 

MidiaNews – Essa questão de distribuição de medicamento está sanada?

 

Danielle Carmona - Sim, dos medicamentos que chegaram. Fizemos uma compra grande e ainda há medicamentos para chegar. Pelo menos três vezes por semana estão chegando caminhões e os medicamentos que ainda não chegaram às unidades estão chegando no centro de distribuição. Mas o que podemos dizer é: em relação aos medicamentos padronizados da atenção primária, tivemos um salto de abastecimento de 50% para 82% na semana passada. 

 

MidiaNews - Uma das principais reclamações da população é a respeito do tempo de espera de atendimento nas unidades e de cirurgias eletivas. Há um levantamento da Secretaria sobre qual é o tempo médio de espera e o que fazer para diminuir esse período?

 

Victor Ostetti/MidiaNews

Danielle Carmona

Carmona: Gestão Emanuel paralisou cirurgias eletivas no Pronto-Socorro; fila é superior a 22 mil

Danielle Carmona - Há vários fatores para essa fila de espera ser grande. Quando a gente olha para a fila de espera da regulação, temos 22 mil e poucos pacientes aguardando cirurgias eletivas. Desses, temos procedimentos que foram represados devido à paralisação da realização de cirurgias eletivas em algumas unidades hospitalares. Como falei inicialmente, o Pronto-Socorro foi uma das unidades que teve todas as eletivas suspensas por um período longo, mas é algo que também já está sendo sanado. 

 

Mas existem outros procedimentos que, infelizmente, no município de Cuiabá, ainda temos a falta do prestador. Na fila de espera da otorrinolaringologia, temos poucas empresas que realizam tanto no público quanto no privado. E outros que envolvem procedimentos como órteses e próteses que acabam demorando mais. Ou seja, muitas vezes, a demanda é maior do que oferta e acaba represando. 

 

Mas já adotamos algumas medidas importantes para a redução de vários procedimentos. Retomamos as cirurgias eletivas através de mutirões no antigo pronto-socorro, além das cirurgias de rotina que ocorrem de segunda a sexta, aos sábados nós estamos realizando os mutirões.

 

O Hospital São Benedito já vai retornar para a realização desses procedimentos, já temos algumas programações e também estamos buscando parceiros, principalmente, com os hospitais filantrópicos, para ampliar a oferta daquilo que já tem contratualizado, seja através do programa Fila Zero do governo do Estado, ou seja, através de aditivos de contrato. Então, estamos pleiteando isso. Isso quando a gente fala de cirurgia. 

  

MidiaNews - A abertura de hospitais por parte do Governo do Estado, em especial o Hospital Central e o Hospital Universitário, podem ajudar nessa diminuição da fila? 

 

Danielle Carmona - Sim, pode. O Hospital Central vai ser focado na alta complexidade. Então, vai ajudar muito no caso da fila de espera para ortopedia, para a neurocirurgia, que são pacientes mais antigos que temos na fila do Sisreg (Sistema de Regulação) de Cuiabá. 

 

E no Hospital Universitário a gente espera que ocorra um aumento da oferta dos procedimentos. 

 

MidiaNews – E quantas UBSs ainda faltam para que haja uma cobertura completa da atenção básica? 

 

Victor Ostetti/MidiaNews

Danielle Carmona

Secretária garante que até o fim deste ano será implantada uma UBS no Jardim Passaredo

Danielle Carmona - Nesse ano, estamos programando de UBS nova apenas uma. Por quê? O teto do município de Cuiabá são de 312 equipes de saúde da família e hoje temos 144.  Foi realizado um estudo para ver as áreas mais vulneráveis para a implantação de novas unidades. Isso é fato, e é a regional sul, onde há um déficit maior.

 

No entanto, para a implantação, de uma Unidade Básica de Saúde, o município acaba aportando a maior parte do recurso financeiro. Quando a gente olha o custeio de uma equipe de saúde da família, 70% é proveniente da fonte municipal. E, como todos estão acompanhando, há uma séria questão física e financeira no Município. Para este ano, só há previsão de implantação de uma unidade de saúde, que é do Jardim Passaredo.

 

MidiaNews – A Saúde tem a maior fatia do orçamento de Cuiabá, é R$ 1,7 bilhão e esse montante ainda é complementado com emendas parlamentares e outros recursos. O montante não é suficiente?

 

Danielle Carmona - Não, esse recurso não é suficiente. Na verdade, o recurso do município de Cuiabá é R$ 1,4 bilhão, porque essa diferença para R$ 1,7 bilhão é o que vai para a Empresa Cuiabana. 

 

O montante é deficitário porque não estamos falando apenas de despesas criadas a partir de agora. Existe um déficit muito grande na saúde do município de Cuiabá.  São recursos que são insuficientes. 

 

Hoje, por exemplo, quando a gente fala de reformar unidades básicas de saúde que estão com estruturas muito ruins, precisa de novos recursos. E esses recursos hoje que são possíveis são advindos de emendas parlamentares. Há necessidade, sim, de aportes financeiros para que a saúde possa garantir melhores estruturas.

 

 

MidiaNews - Nas próximas semanas, a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2026 deve ser entregue à Câmara Municipal. Já tem a estimativa de quanto vai ter no orçamento planejado para a saúde?

 

Existe uma dívida muito grande na Saúde de Cuiabá, cerca de R$ 89 milhões

Danielle Carmona - A equipe ainda está trabalhando para tentar colocar as ações baseadas num orçamento que seja possível de alcançar.

 

MidiaNews - E tem muita dívida? 

 

Danielle Carmona - Sim, existe uma dívida muito grande na Saúde de Cuiabá. Só de restos a pagar processados temos – na Secretária de Saúde, não estou nem falando da Empresa Cuiabana - perto de R$ 89 milhões. 

 

MidiaNews - A médica Lúcia Helena foi a primeira secretária da Saúde na gestão de Abilio. Tem alguma auditoria feita por ela em relação à gestão passada?

 

Danielle Carmona - Tem algumas auditorias em andamento na Secretaria, como sobre contratos. Nós temos algumas recomendações da própria Controladoria-Geral do Município para que analisemos com mais cuidado alguns processos com apontamentos e é o que tem sido realizado.

 

 

MidiaNews – A senhora atua com opositores do prefeito Abilio enquanto servidores e também com aliados do ex-prefeito Emanuel Pinheiro. Como tem sido essa relação? Tem algum tipo de pressão ou má vontade por parte dessas pessoas?

 

Danielle Carmona – Estamos com quase 50 dias de gestão e está sendo bem amistoso. E em relação da saúde, tanto os vereadores quanto deputados, seja base ou oposição, têm sido uma relação bem amistosa. Atendo a todos, independente. Dou os encaminhamentos necessários e espero que continue assim. 

 

 

MidiaNews - Quando assumiu na época da intervenção, a senhora falou em boicote. Hoje isso não existe mais? 

 

Danielle Carmona - Não, hoje é um cenário muito diferente. Na época da intervenção foi uma decisão judicial, foi algo imposto e tínhamos pessoas que eram a favor da intervenção para organizar a saúde, mas ao mesmo tempo tínhamos servidores que não queriam ajudar ou que queriam ajudar, mas não podiam com medo de repressão. Hoje, o cenário é muito diferente.

 

MidiaNews - A sua antecessora, a médica Lúcia Helena, deixou a pasta e uma das justificativas que os bastidores nos contaram foi uma falta de articulação junto aos vereadores de Cuiabá. Como está a sua relação com esses políticos hoje? O prefeito fez algum pedido também especial para a senhora para atender políticos? 

 

Danielle Carmona - Não, não. Eu não tive pedido nenhum do prefeito. A gente sabe, e acaba tendo um pouquinho mais de experiência, e sabe que é importante essa relação técnico-política. 

 

Estou atendendo a todos, nem tudo que pedem vamos fazer, mas a gente escuta as demandas e aquilo que é possível de fazer para o bem da população, iremos fazer. E todas as decisões também são compartilhadas junto ao prefeito. 

 

 

MidiaNews - Quando a doutora Lucia Helena assumiu, ela disse que encontrou a Saúde pior do que imaginava. Passado esses nove meses da gestão, a gente tem uma esperança de melhoria na área da saúde em Cuiabá? 

 

Danielle Carmona - Acredito que sim. Acredito que com uma gestão comprometida, fazendo o bom uso do recurso público e trabalhando dentro daquilo que é possível, sem criar ilusões. 

 

É trabalhar com o recurso que tem, o que é possível de ampliar, que é possível de melhorar e estabelecer metas para entregar a população. Já vivenciei isso na época da intervenção. Em nove meses e meio, conseguimos entregar bons resultados e agora que teremos um período maior. Acredito que essa possibilidade existe. 

 

Victor Ostetti/MidiaNews

Danielle Carmona

Secretária de Saúde fala da necessidade de aumentar a atenção à saúde mental: "É preciso garantir a todos os cidadãos um atendimento justo e no menor tempo possível"

MidiaNews - E como espera deixar a Saúde no fim do mandato do prefeito Abilio Brunini?

 

Danielle Carmona - Quero deixar a saúde funcionando em 100% da sua capacidade máxima, garantindo o que é necessário para a população. Para que não escutemos mais à frente sobre falta de médicos, falta de medicamento, falta de insumo, fila de espera grande, hospitais com sua baixa capacidade. E, sim, melhorar todos esses serviços e, se possível, ampliar novos serviços para que possam cuidar da população na sua integralidade.

 

A gente sabe que o paciente não precisa só de uma cirurgia. A gente tem discutido muito principalmente a questão da saúde mental, que tem aumentado muito sua demanda e são políticas que ainda não estão em pleno funcionamento. É uma das políticas que Cuiabá precisa, precisa implantar e poder garantir a todos os cidadãos um atendimento justo e no menor tempo possível.  

 

Veja a íntegra:

 

 

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