Os advogados Agnaldo Bezerra Bonfim e Jaderson Rocha Reinaldo tiveram os celulares apreendidos na segunda fase da Operação Office Crime, que investiga a morte do advogado Renato Gomes Nery, em Cuiabá.
A operação foi deflagrada nesta terça-feira (11) pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Também foram alvos os advogados Antônio João de Carvalho Junior e Gaylussac Dantas de Araújo.
A diligência foi cumprida no escritório deles, na JB Advocacia, no bairro Quilombo, na Capital.
Agnaldo, Antônio e Gaylussac já haviam sido alvos da primeira fase da operação, deflagrada em novembro do ano passado.
Na ocasião, também foram alvos os empresários de Primavera do Leste, Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bentos.
O MidiaNews apurou que Antônio e Gaylussac não foram encontrados no escritório.
À reportagem, Gaylussac disse que foi pego de surpresa com a operação. Ele afirmou que desde a primeira fase, nunca foi ouvido pela Polícia Civil.
“Eu não estava no escritório na hora e até agora não tive acesso ao mandado, à decisão judicial que determinou a operação. Mas se gente ficou surpresa na primeira fase, nessa estamos mais ainda, por razões óbvias”, disse.
O crime
Renato Nery foi morto a tiros no dia 5 de julho do ano passado, na frente de seu escritório, na Avenida Fernando Corrêa da Costa.
O advogado foi socorrido e submetido a uma cirurgia em um hospital privado, mas não resistiu.
As investigações sobre a morte estão sob sigilo.
A DHPP aponta a disputa de terra como a motivação para o homicídio de Renato Nery.
Outro lado
Um dos alvos, o advogado Gaylussac Dantas Araújo divulgou nota. Leia abaixo:
"O advogado Gaylussac Dantas Araújo, que pela segunda vez teve seu nome envolvido na investigação, está tendo sua vida profissional e pessoal devassada pelo fato de possuir endereço profissional no mesmo espaço onde funciona um escritório de advogados que foram alvo de buscas e apreensões tanto na primeira fase, em novembro de 2024, quanto nesta segunda fase.
• Na primeira fase, o advogado, seguro de seu completo alheamento aos fatos investigados, entregou seu celular e senha de acesso ao aparelho, em livre colaboração e na esperança de garantir uma investigação célere e a rápida devolução do bem, o que não aconteceu.
• Avalia-se que as primeiras diligências da PJC/MT deveriam ter sido suficientes para indicar os culpados ou, ao menos, indicar os inocentes, fazendo com que seus nomes fossem excluídos da investigação ou, na pior das hipóteses, não manchados mais do que já estão, e de forma irreversível.
• Portanto, repudia-se a continuidade da associação do nome do advogado Gaylussac Dantas Araújo a essa investigação e registra-se sua indignação em mais uma vez ter sua reputação envolvida em uma investigação que já extrapola os limites do ordenamento jurídico."
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