Em seguida, segundo os bombeiros, ele foi liberado, retornou ao batalhão e se apresentou à coordenação do curso para relatar o problema de saúde. O jovem foi encaminhado a uma unidade de saúde e sofreu convulsões, vindo a morrer alguns dias depois.
O Conselho Especial de Justiça deu início, nesta quinta-feira (23), ao julgamento da tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur de Souza Dechamps.
Ela é ré pelo crime de tortura que culminou na morte do aluno Rodrigo Patrício Lima Claro, após um treinamento da corporação, em novembro de 2016.
O julgamento teve início às 13h e ocorre de forma virtual. Não há previsão de quando será encerrado.
O Conselho é presidido pelo juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar de Cuiabá, e composto pelo tenente-coronel Neurivaldo Antônio de Souza e os majores Paulo César Vieira de Melo Júnior, Ludmila de Souza Eickhoff e Edison Carvalho.
Logo no início do julgamento, o advogado Huendel Rolim, que faz a defesa da tenente, apresentou requerimento para que ela fosse dispensada. O pedido foi aceito ao Conselho.
Em seguida, o promotor de Justiça, Paulo Henrique Amaral Motta, iniciou a acusação. Ele tem três horas para realizar a sustentação oral.
O advogado de Ledur também terá o mesmo tempo para fazer a sua defesa.
O Ministério Público Estadual (MPE) pede a condenação da tenente pelo crime de tortura. O órgão também pede que a oficial seja condenada à perda do posto e da patente, com a consequente exclusão das fileiras do Corpo de Bombeiros.
Já defesa de Ledur quer a absolvição. Segundo argumentado, “não se verifica dos autos a caracterização da conduta delitiva, tampouco o nexo casual entre os treinamentos e a causa mortis do aluno-soldado”.
O caso
Rodrigo morreu no dia 15 de novembro de 2016, cinco dias após passar mal em uma aula prática na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, na qual a tenente Izadora Ledur atuava como instrutora.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Rodrigo demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre e outros exercícios.
Ainda segundo o órgão, depoimentos durante a investigação apontam que ele foi submetido a intenso sofrimento físico e mental com uso de violência. A atitude, segundo o MPE, teria sido a forma utilizada pela tenente para punir o aluno pelo mal desempenho.
Durante a realização das aulas, Rodrigo queixou-se de dor de cabeça. Após a travessia a nado na lagoa, ele informou ao instrutor que não conseguiria terminar a aula.
Em seguida, segundo os bombeiros, ele foi liberado, retornou ao batalhão e se apresentou à coordenação do curso para relatar o problema de saúde. O jovem foi encaminhado a uma unidade de saúde e sofreu convulsões, vindo a morrer alguns dias depois.
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2 Comentário(s).
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Lima 23.09.21 17h28 | ||||
Aposto que não vai dar em nada, espero estar enganado. | ||||
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Graci Ourives de Miranda 23.09.21 15h12 | ||||
MUITA JUSTIÇA ,PQ RODRIGO MORREU, LAMENTÁVEL, justiça e justiça. | ||||
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