Cuiabá, Sábado, 2 de Agosto de 2025
RODRIGO CLARO
23.09.2021 | 13h38 Tamanho do texto A- A+

Após quase cinco anos, tenente é julgada por morte de aluno

Rodrigo Claro morreu em 2016, quando passou mal em uma aula prática coordenada por Ledur

MidiaNews

A tenente Izadora Ledur que é acusada de provocar morte de aluno

A tenente Izadora Ledur que é acusada de provocar morte de aluno

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

O Conselho Especial de Justiça deu início, nesta quinta-feira (23), ao julgamento da tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur de Souza Dechamps.

  

Ela é ré pelo crime de tortura que culminou na morte do aluno Rodrigo Patrício Lima Claro, após um treinamento da corporação, em novembro de 2016.

 

O julgamento teve início às 13h e ocorre de forma virtual. Não há previsão de quando será encerrado.

 

O Conselho é presidido pelo juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar de Cuiabá, e composto pelo tenente-coronel Neurivaldo Antônio de Souza e os majores Paulo César Vieira de Melo Júnior, Ludmila de Souza Eickhoff e Edison Carvalho.

 

Logo no início do julgamento, o advogado Huendel Rolim, que faz a defesa da tenente, apresentou requerimento para que ela fosse dispensada. O pedido foi aceito ao Conselho.

 

Em seguida, o promotor de Justiça, Paulo Henrique Amaral Motta, iniciou a acusação. Ele tem três horas para realizar a sustentação oral.

 

Não se verifica dos autos a caracterização da conduta delitiva, tampouco o nexo casual entre os treinamentos e a causa mortis do aluno-soldado

O advogado de Ledur também terá o mesmo tempo para fazer a sua defesa. 

 

O Ministério Público Estadual (MPE) pede a condenação da tenente pelo crime de tortura. O órgão também pede que a oficial seja condenada à perda do posto e da patente, com a consequente exclusão das fileiras do Corpo de Bombeiros.

 

Já defesa de Ledur quer a absolvição. Segundo argumentado, “não se verifica dos autos a caracterização da conduta delitiva, tampouco o nexo casual entre os treinamentos e a causa mortis do aluno-soldado”. 

 

O caso 

 

Rodrigo morreu no dia 15 de novembro de 2016, cinco dias após passar mal em uma aula prática na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, na qual a tenente Izadora Ledur atuava como instrutora.

 

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Rodrigo demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre e outros exercícios.

 

Ainda segundo o órgão, depoimentos durante a investigação apontam que ele foi submetido a intenso sofrimento físico e mental com uso de violência. A atitude, segundo o MPE, teria sido a forma utilizada pela tenente para punir o aluno pelo mal desempenho.  

 

Durante a realização das aulas, Rodrigo queixou-se de dor de cabeça. Após a travessia a nado na lagoa, ele informou ao instrutor que não conseguiria terminar a aula.

 

Em seguida, segundo os bombeiros, ele foi liberado, retornou ao batalhão e se apresentou à coordenação do curso para relatar o problema de saúde. O jovem foi encaminhado a uma unidade de saúde e sofreu convulsões, vindo a morrer alguns dias depois.

 

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2 Comentário(s).

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Lima  23.09.21 17h28
Aposto que não vai dar em nada, espero estar enganado.
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Graci Ourives de Miranda  23.09.21 15h12
MUITA JUSTIÇA ,PQ RODRIGO MORREU, LAMENTÁVEL, justiça e justiça.
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