A Polícia Federal apontou que o diretor clínico do Hospital São Benedito, Felipe de Medeiros Costa Franco, recebeu cerca de R$ 670 mil de duas empresas investigadas pela Operação Curare, da Polícia Federal.
Felipe é um dos alvos da operação, deflagrada na última sexta-feira (30) para apurar as reiteradas contratações emergenciais de empresas para prestar serviços na área de saúde, contrariando a Lei de Licitações.
Os envolvidos são suspeitos de crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, contratação ilegal, pagamento irregular e perturbação de processo licitatório.
Conforme a Polícia Federal, movimentações financeiras apontam que Franco recebeu R$ 633,9 mil da empresa Hipermed Serviços Médicos Hospitalares e R$ 38,5 mil da Douglas Castro –ME, ambas investigadas no suposto esquema.
Para a PF, "é pouco provável que as transferências se tratem de pagamento por serviços prestados”.
Fac-símile de trecho da investigação da PF:
Além de diretor clínico do Hospital São Benedito, Felipe também é sócio da empresa UltraMed Serviços Médicos e Hospitalares, que também foi alvo da ação da Polícia Federal.
A UltraMed, segundo a PF, recebeu da Prefeitura mais de R$ 16 milhões em pagamentos por contratos emergenciais, ou seja, sem licitação.
O esquema
Conforme a Polícia Federal, o esquema era formado por dois núcleos: empresarial e político-administrativo.
Além da Ultramed, fazem parte do núcleo empresarial, conforme a Polícia Federal, a Hipermed Serviços Médicos Hospitalares; a Smallmed Serviços Médicos e Hospitalares; a Medserv Serviços Médicos e Hospitalares; a Douglas Castro ME e a Ibrasc – Instituto Brasileiro Santa Catarina.
As investigações constataram que todas as empresas fazem parte do mesmo grupo empresarial - e atuavam no sentido de se "perpetuar" na prestação de serviços na área de saúde em Cuiabá.
Já o núcleo político é formado, de acodo com a PF, pelos secretários municipais Célio Rodrigues da Silva (Saúde) e Alexandre Beloto Magalhães de Andrade (interino de Gestão), ambos afastados pela Justiça Federal.
Também comporiam o grupo o ex-secretário de Saúde Luiz Antonio Possas de Carvalho, o ex-diretor da Empresa Cuiabana de Saúde Antonio Kato e os servidores Hellen Cristina da Silva, Felipe de Medeiros Costa Franco e Mhayanne Escobar Bueno Beltrão Cabral.
As investigações apontam que eles favoreceram o suposto esquema ao permitir que as empresas seguissem recebendo por meio de contratos emergenciais.
A operação
A Operação Curare cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em Cuiabá, Curitiba (PR) e Balneário Camboriú (SC).
Também foram cumpridas medidas cautelares de suspensão de contratos administrativos e de pagamento “indenizatórios”, bem como de suspensão do exercício de função pública.
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1 Comentário(s).
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Carla 04.08.21 18h55 | ||||
TIRA O CHAPEU PRO EMANUEL KKKKKK | ||||
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