Cuiabá, Segunda-Feira, 8 de Setembro de 2025
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
15.04.2016 | 14h30 Tamanho do texto A- A+

Distribuidora da Nestlé declara dívidas de R$ 13,3 milhões

Empresa culpa crise financeira e conduta do Grupo JBS Friboi pelas dificuldades, em Cuiabá

MidiaNews/Reprodução

Juiz Cláudio Zeni permitiu a recuperação da empresa, que atua no ramo de distribuição de alimentos em Cuiabá

Juiz Cláudio Zeni permitiu a recuperação da empresa, que atua no ramo de distribuição de alimentos em Cuiabá

LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO

A empresa Neva Comércio e Representações Ltda., distribuidora autorizada da Nestlé em Cuiabá, declarou dívidas na ordem de R$ 13,3 milhões.

 

A empresa, que está em recuperação judicial desde janeiro, atua com a distribuição de alimentos na Capital há 21 anos. A sede da Neva está localizada no bairro Jardim Guanabara.

 

Nesta sexta-feira (15), a distribuidora publicou a lista de credores no Diário Oficial do Estado.

 

A relação aponta que os maiores credores da Neva são os bancos, que possuem R$ 6,2 milhões a receber da empresa.

 

Só o Banco HSBC tem R$ 2,6 milhões em créditos, seguido pelo Itaú (R$ 1,7 milhão), Bradesco (R$ 900 mil) e Banco do Brasil (R$ 400 mil).

 

Também consta na lista dívidas com empresas do ramo alimentício e seguradoras, além de dívidas fiscais e tributárias.

 

A crise

 

No pedido de recuperação, a Neva Comércio e Representações informou que atuava na distribuição exclusiva das marcas Dairy Partners Américas Brasil Ltda. (Nestlé), Seara Alimentos S/A, Mezzani Massas Alimentícias Ltda. e Rich do Brasil Ltda.

 

Com o início da crise econômica, em 2013, a empresa disse que começou a sofrer “fortes impactos” em seu fluxo de caixa, uma vez que dois grandes supermercados parceiros começaram a reduzir as aquisições de produtos.

 

A Neva também culpou o conglomerado de frigoríficos JBS Friboi pelo agravamento da situação. De acordo com a distribuidora, a Friboi comprou a Seara Alimentos, mas ignorou o contrato de distribuição exclusiva que a Neva possuía com a Seara.  

“Não bastasse, a Friboi passou a abastecer pontos de venda antes ligados à requerente, circunstâncias que impactaram diretamente no seu faturamento, reduzindo-o de R$ 1,3 milhão ao mês para R$ 334,8 mil ao mês, resultando em forte abalo nas suas estruturas financeiras”, justificou.


O juiz Cláudio Roberto Zeni avaliou que a empresa possuía os requisitos legais e poderia se recuperar da crise em curto prazo, logo, permitiu a autorização judicial.

 

O magistrado nomeou o advogado Décio Tessaro como administrador judicial. Tessaro terá direito a 3% dos valores devidos aos credores, ou seja, quase R$ 400 mil. O montante será pago em parcelas de R$ 10 mil mensais.

 

Pelo prazo de seis meses, segundo a determinação judicial, ficarão suspensas todas as cobranças contra a empresa .

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