A empresa Neva Comércio e Representações Ltda., distribuidora autorizada da Nestlé em Cuiabá, declarou dívidas na ordem de R$ 13,3 milhões.
A empresa, que está em recuperação judicial desde janeiro, atua com a distribuição de alimentos na Capital há 21 anos. A sede da Neva está localizada no bairro Jardim Guanabara.
Nesta sexta-feira (15), a distribuidora publicou a lista de credores no Diário Oficial do Estado.
A relação aponta que os maiores credores da Neva são os bancos, que possuem R$ 6,2 milhões a receber da empresa.
Só o Banco HSBC tem R$ 2,6 milhões em créditos, seguido pelo Itaú (R$ 1,7 milhão), Bradesco (R$ 900 mil) e Banco do Brasil (R$ 400 mil).
Também consta na lista dívidas com empresas do ramo alimentício e seguradoras, além de dívidas fiscais e tributárias.
A crise
No pedido de recuperação, a Neva Comércio e Representações informou que atuava na distribuição exclusiva das marcas Dairy Partners Américas Brasil Ltda. (Nestlé), Seara Alimentos S/A, Mezzani Massas Alimentícias Ltda. e Rich do Brasil Ltda.
Com o início da crise econômica, em 2013, a empresa disse que começou a sofrer “fortes impactos” em seu fluxo de caixa, uma vez que dois grandes supermercados parceiros começaram a reduzir as aquisições de produtos.
A Neva também culpou o conglomerado de frigoríficos JBS Friboi pelo agravamento da situação. De acordo com a distribuidora, a Friboi comprou a Seara Alimentos, mas ignorou o contrato de distribuição exclusiva que a Neva possuía com a Seara.
“Não bastasse, a Friboi passou a abastecer pontos de venda antes ligados à requerente, circunstâncias que impactaram diretamente no seu faturamento, reduzindo-o de R$ 1,3 milhão ao mês para R$ 334,8 mil ao mês, resultando em forte abalo nas suas estruturas financeiras”, justificou.
O juiz Cláudio Roberto Zeni avaliou que a empresa possuía os requisitos legais e poderia se recuperar da crise em curto prazo, logo, permitiu a autorização judicial.
O magistrado nomeou o advogado Décio Tessaro como administrador judicial. Tessaro terá direito a 3% dos valores devidos aos credores, ou seja, quase R$ 400 mil. O montante será pago em parcelas de R$ 10 mil mensais.
Pelo prazo de seis meses, segundo a determinação judicial, ficarão suspensas todas as cobranças contra a empresa .
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