O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, recebeu a denúncia contra Sebastião Lauze Queiroz de Amorim, o "Dono da Quebrada", o influenciador Dainey Aparecido da Costa, conhecido como Deniz Bet ou "Playboy", e outras 13 pessoas. A decisão é de quarta-feira (1).
Os réus foram alvos da operação Ludus Sordidus, em agosto deste ano, pela Polícia Civil, que investigou uma organização criminosa que dominava esquema de jogos de azar, estelionatos, tráfico de drogas e lavagem de capitais ligado à uma facção criminosa, na região do bairro Osmar Cabral, Jardim Liberdade e adjacentes.
Conforme o documento, Sebastião de Amorim, considerado o líder da quadrilha, é reu por integrar organização criminosa, contravenção penal por jogos de azar e associação para o tráfico de drogas.
Já Ozia Rodrigues, o "Shelby", é reu por integrar organização criminosa e contravenção penal de jogo de azar. Pelos mesmos crimes, foram acusados Dainey da Costa, o "Playboy”, Renan Curvo da Costa e Paulo Augusto e Silva Dias.
Por lavagem de dinheiro, respondem Eduardo Henrique Nascimento dos Santos, Jheine Rodrigues Pinheiro, cunhada do "Dono da Quebrada", Ronaldo Queiroz de Amorim Júnior, Ronaldo Queiroz de Amorim, Elizângela Ferreira da Silva Visdomino, Lorrainy Waleska Amorim dos Santos, Pâmela Cristina Tamarossi Bastos, Rafael Aparecido Queiroz de Amorim Veiga e William Ângelo de Freitas.
Enquanto Weberton Pedro da Silva foi acusado de integrar organização criminosa e associação para o tráfico de drogas.
O juiz ainda determinou que o Ministério Público Estadual (MPE) para que se manifeste acerca de eventual arquivamento do Inquérito Policial em relação aos investigados Edson Salva, Oziane Alves Rodrigues, Lincoln Tadeu Sardinha Costa, José Antônio de Almeida, Joanilson de Lima Oliveira e Luiz Rogério de Jesus.
A operação
As investigações iniciaram em dezembro de 2023, após o grupo criminoso proibir que ocorresse uma reunião comunitária no bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá, em uma clara tentativa de demonstração de poder do grupo criminoso. A motivação dessa dissolução seria "política", pois a irmã de um dos investigados era pré-candidata a vereadora.
A partir da ocorrência, foi instaurado inquérito policial na Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) para apuração dos fatos e com avanço dos trabalhos investigativos foi possível identificar um grupo da facção criminosa estruturada para a prática de crimes na região do bairro Osmar Cabral, Jardim Liberdade e adjacentes.
De acordo com a Polícia, Sebastião monopolizava as práticas criminosas em alguns bairros, denominados como "quebrada", controlando e lucrando com atividade criminosas de tráfico de drogas, estelionatos e jogos ilegais. Ele atuava sob a fachada de ações sociais e atuação como presidente do time amador.
Confrome a investigação, o "Dono da Quebrada" recebia mensalmente 10% dos lucros da plataforma de apostas ilegais, além de valores oriundos do tráfico e de golpes aplicados em plataformas de compra e venda pela internet.
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