Cuiabá, Sábado, 25 de Outubro de 2025
CASO CRISTIANE
22.07.2024 | 17h54 Tamanho do texto A- A+

Juiz determina que assassino de advogada vá a júri popular

Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni foi assassinada em agosto do ano passado; ela tinha 48 anos

Arquivo

Almir Monteiro Reis confessou ter assassinado Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni

Almir Monteiro Reis confessou ter assassinado Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni

THAÍZA ASSUNÇÃO E GIORDANO TOMASELLI
DA REDAÇÃO

O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, pronunciou a júri popular o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, de 50 anos, pelo assassinato da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48, ocorrido em 2023.

 

A decisão foi tomada na última semana e ainda não há data para o julgamento. O processo corre em segredo de Justiça.

 

O MPE (Ministério Público Estadual) denunciou o ex-PM pelos crimes de feminicídio, estupro, fraude processual e ocultação de cadáver.

 

A Defensoria Pública, que faz a defesa Almir, chegou a pedir a absolvição alegando que ele seria esquizofrênico, a partir de um laudo de 2016.

 

Para o promotor do caso, Jorge Paulo Damante Pereira, o pedido de absolvição foi “descabido", demonstrando uma clara “tentativa de manipular o Poder Judiciário”.

 

O caso

 

A advogada morreu na madrugada do dia 13 de agosto de 2023, após ter se negado a manter relações sexuais com Almir. Conforme a investigação da Polícia Civil, foi nesse momento que ele decidiu matá-la.

 

Após uma sessão de espancamento, conforme a acusação, o assassino a asfixiou até a morte.

 

Eles tinham se conhecido na noite anterior, em um bar de Cuiabá.

 

De acordo com a Polícia, o ex-PM manteve o corpo da advogada em sua casa por cerca de 6 horas. Por volta de 8h30, saiu do imóvel no carro de Cristiane, e com a vítima dentro, foi até o Parque das Águas, onde abandonou o veículo. 

 

Em seguida, Almir chamou um carro por aplicativo e retornou a sua casa. Momentos depois, ele chamou sua namorada para a residência, segundo a Polícia, na tentativa de criar um álibi.

 

O corpo foi encontrado pelo irmão de Cristiane. Almir teria colocado óculos escuros nela e a deixado deitada no banco do passageiro. Sem saber o que havia acontecido, o irmão dela entrou no carro e dirigiu até o CHC (Complexo Hospitalar de Cuiabá), onde foi constatada a morte.

 

 

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