Cuiabá, Terça-Feira, 17 de Junho de 2025
MORTE DE NERY
21.03.2025 | 16h01 Tamanho do texto A- A+

Juíza manda vasculhar Rotam, viaturas e casas de PMs presos

As ordens constam na decisão que determinou uma nova prisão temporária contra os policiais

Montagem/MidiaNews

A juíza Edna Ederli Coutinho (no detalhe), que assina a decisão

A juíza Edna Ederli Coutinho (no detalhe), que assina a decisão

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

A juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), autorizou uma ampla operação de busca e apreensão no Batalhão da Rotam e nas residências dos policiais militares Leandro Cardoso, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Jorge Rodrigo Martins.

 

Eles estão presos desde o dia 6 de março, em Cuiabá, quando a Polícia Civil deflagrou a Operação Office Crime - A Outra Face para investigar o homicídio do advogado Renato Nery, em junho do ano passado, em Cuiabá. 

 

Na decisão, a magistrada também autorizou uma vistoria nas viaturas utilizadas pelos militares, além da quebra do sigilo dos dados telefônicos e telemáticos.

 

As ordens constam na decisão em que determinou uma nova prisão temporária contra os policiais, divulgado em primeira mão pelo MidiaNews na última terça-feira (18). Leia AQUI. 

 

Eles são investigados pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) por suspeita de simulação de um confronto policial para plantar a arma utilizada no crime contra o advogado.

 

O suposto confronto ocorreu uma semana após a morte de Nery, na Avenida Contorno Leste, no bairro Pascoal Ramos, no qual os militares teriam plantado a arma utilizada no homicídio do advogado, uma Glock G17 9 mm modificada para automática, com assaltantes, para dificultar a investigação do caso. 

 

"A autoridade policial demonstrou, mediante depoimentos, perícias e outras provas técnicas, que o alegado confronto policial relatado pelos representados no IP 180/2024, apresenta graves inconsistências e contradições, indicando que se tratou de uma simulação realizada por eles para justificar a posse da arma utilizada no homicídio do advogado Renato Gomes Nery, e fazer crer que a arma pertenciria aos " tais criminosos" que entraram em confronto com eles", escreveu a magistrada

 

A juíza ainda afirmou que os suspeitos, por serem policiais militares, têm acesso a instalações e informações sigilosas, podendo interferir na investigação.

 

"As circunstâncias do caso demonstram a necessidade das buscas para evitar manipulação de provas e coerção de testemunhas", pontuou a juíza.

 

As prisões do caso Nery

 

Além dos quatro militares, também está preso pela operação, o também policial militar Heron Teixeira Pena Vieira, ex-integrante Rotam.

 

Heron se entregou na delegacia de Homicídios da Capital no dia 7 de março, após um dia foragido. A Polícia não informou envolvimento dele no caso do confronto forjado.

 

Na operação também foi detido o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, apontado pela investigação como o autor dos disparos que mataram o advogado.

 

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