Uma mulher identificada pela iniciais L.A., de 45 anos, acusada de torturar duas crianças de 6 e 8 anos, netos de seu marido, em Paranatinga, passou por audiência de custódia na segunda-feira (15), e teve a prisão mantida.
Na audiência, o Ministério Público se manifestou pela manutenção da prisão temporária.
De acordo com a promotora de Justiça Caroline de Assis e Silva Holmes Lins, a medida foi solicitada após investigação, na qual a Polícia concluiu que o avô teve uma postura omissiva, enquanto a esposa foi apontada como autora direta dos atos de tortura.
Os dois estavam sob os cuidados do avô paterno em razão de o pai estar preso e de a mãe ter sido alvo de denúncias de maus-tratos. Eles haviam sido encaminhados pelo Conselho Tutelar de Paranaíba (MS).
A esposa do avô é investigada por obrigar uma das vítimas a comer alimento do chão, se comportando como um cachorro, sob ameaça de agressão com um pedaço de mangueira. A denúncia encaminhada ao MPE também relata que a mulher forçou a criança a ingerir fezes e a frequentar a escola descalça após ter quebrado o calçado.
Na ação, a promotora de Justiça argumentou que “o ambiente familiar em que se encontra o infante é marcado por tortura, intimidações constantes, coação psicológica e violência física, em completa afronta aos direitos fundamentais da criança”.
"O tratamento imposto à criança revela intenso sofrimento mental, como forma de aplicar castigo pessoal, exposição vexatória e degradante, caracterizando verdadeira desumanização, o que agrava o quadro de vulnerabilidade, sobretudo considerando tratar-se de criança em fase de desenvolvimento emocional”.
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