Cuiabá, Terça-Feira, 17 de Junho de 2025
NEGLIGÊNCIA
16.03.2022 | 08h09 Tamanho do texto A- A+

Município vai indenizar mulher que perdeu a perna por demora

Ela demorou cerca de um mês para ser transferida de unidade e receber atendimento adequando

Davi Valle/ Divulgação

Fachada da Unidade de Pronto Atendimento do Verdão

Fachada da Unidade de Pronto Atendimento do Verdão

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

A Justiça condenou a Secretaria Municipal de Saúde e o Município de Cuiabá a indenizar por danos morais, no valor de R$ 10 mil, uma mulher que perdeu a perna devido à demora em receber atendimento médico.

 

A decisão foi assinada pela juíza Gabriela Carina Knaul de Albuquerque e Silva, do Juizado Especial da Fazenda Pública de Cuiabá.

 

Segundo o documento, a vítima deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento do Verdão no dia 12 de agosto de 2021. Ela apresentava um quadro de dores intensas e inchaço nos pés e nas pernas.

 

Como se tratava de “paciente com a saúde debilitada, idosa, obesa, diabética, hipertensa, bradicardica, com anemia por doença renal crônica
tipo IV e portadora de necessidades especiais foi submetida a avaliação médica chegando-se à conclusão de necessidade de internação em razão de risco de necrose e amputação dos pés”, diz trecho do documento.

 

Diante da gravidade do quadro, no dia 13 de agosto de 2021, os médicos orientaram a sua transferência para uma unidade hospitalar apta a realizar procedimento cirúrgico vascular. Havendo, inclusive, risco de amputação de membros e até a morte da paciente.

 

A paciente, porém, só foi transferida e submetida a tratamento cirúrgico vascular quase um mês depois, no dia 8 de setembro de 2021, e recebeu alta no dia 13 desse mesmo mês.

 

Segundo o documento, a vítima comprovou, por meio do Sumário de Alta, que “em decorrência das lesões necróticas e ulcerativas o procedimento cirúrgico foi concluído com a amputação de um dos membros inferiores até o joelho”.

 

Além do pagamento do valor estipulado, o Município deverá “viabilizar a transferência da paciente para Hospital público ou particular com suporte para
cirurgia e tratamento vascular, nos moldes da prescrição médica”.

 

Já a importância de R$ 10.000,00 (dez mil reais), deverão “ser acrescidos de juros, desde o evento danoso, segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança e correção monetária pelo IPCA-E, desde o arbitramento, respeitando o teto do Juizado Especial da Fazenda Pública”, diz a decisão.

 

A ação foi assinada pelos advogados Bruno Mesquita de Proença e Osvaldo Roldão da Silva Neto.

 

Danos morais e atendimento precário

 

A vítima alegou ainda que durante o período em que esteve internada na unidade do Verdão, “permaneceu em ambiente quente, não ventilado, sem
fornecimento de água para consumo, sem alimentação adequada aos pacientes diabéticos e, ainda, na eminência de contaminação do vírus da Covid-19”.

 

A troca de fralda geriátrica, limpeza íntima e higiene pessoal eram realizadas por seus familiares, No entanto, não havia qualquer privacidade, pois a enfermaria coletiva não conta com cortinas divisórias de leitos.

 

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3 Comentário(s).

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Cecilia  16.03.22 13h22
Importante os críticos de plantão ir até a Unidade de Saúde citada e ficar lá acompanhando o sofrimento dos pacientes que ficam acamados aguardando transferência tratamento especializado. Comprando água cara e lanche de vendedores ambulantes durante o dia lá fora eca noite ou fim de semana se não tiver alguém p levar de casa passa fome .
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Jonas  16.03.22 10h39
Creio que sistema de indenizaçao e vialvel para todos que de forma niglengenciada porem o sistema de orgaos publicos deveria montar um sistema para gastos com individuo nao estou defendendo mas orientando que toda verba deveras ser utilizado para tratamento da pessoa com todos gastos sendo apresentado para prestaçoes de contas todo mes, logicamente muitos iram criticar minha posiçao pois se nescessita de algo deveras procurar quantos antes a nescessidade fisionimica do paciente, se o pcte tem condiçoes de pagar um advogado ou talvez tem parentes advogados para nao quitar e nao procurou uma promotoria publica e pq tbm tem condiçoes de pagar um tratamento, nao e defender e ver pelos dois lados quero que ganhe este processo porem qs devidas emendas seria bom ter a prestaçao de contas a nao ser que o julgado se lide que isso e pronto pois por ser verba publica
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Elói Wanderley da Silva   16.03.22 09h10
R$ 10.000, kkk, não!!!!! Isso não é sério ou é? Isso é um convite para fato dessa natureza volte a acontecer ainda mais. V - E - R - G - O - N - H - A.
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