Cuiabá, Quarta-Feira, 9 de Julho de 2025
CASO ISABELE
25.04.2022 | 16h46 Tamanho do texto A- A+

Vara terá que dar informações ao STF sobre queixas de atiradora

Edson Fachin concedeu cinco dias para justiça estadual prestar informações sobre apontamentos

Montagem/MidiaNews

A adolescente Isabele Guimarães (detalhe), morta pela amiga no Condomínio Alphaville

A adolescente Isabele Guimarães (detalhe), morta pela amiga no Condomínio Alphaville

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

O Supremo Tribunal Federal (STF) oficiou a 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá para que preste informações, no prazo de 5 dias, sobre possíveis irregularidades na internação da adolescente que atirou e matou Isabele Ramos.

 

O despacho é assinado pelo ministro Edson Fachin e foi publicado nesta segunda-feira (25).

 

A garota está internada no Lar Menina Moça, dentro do Complexo Pomeri, em Cuiabá, desde o dia 19 de janeiro de 2021. 

 

As supostas irregularidades foram expostas pela defesa da menor ao STF em habeas corpus que pedia sua liberdade.

 

Apesar de negar soltar a adolescente, Fachin requereu os esclarecimentos sobre as supostas irregularidades.  

 

Entre elas, a de que a menor foi encaminhada ao Centro Integrado de Assistência Psicossocial (Capsi) com um veículo estacionado à sua porta com o adesivo “#Nãofoiacidente”, e submetida a atendimento (interrogatório) com a própria tia da vítima.

 

Outra suposta irregularidade que o ministro requereu informações refere-se a insalubridade do local de internação, como falta de água e oferecimento de comida estragada.

 

Fachin também requisitou esclarecimentos sobre o risco à segurança física da adolescente, já que “outra interna foi apreendida com um instrumento cortante fora do local em que seu uso é permitido”.

 

Além do porquê a unidade de internação não a inscreveu no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).   

 

O caso

 

O crime o dia 12 de julho de 2020, no Condomínio Alphaville, em Cuiabá. 

 

Na ocasião, Isabele Ramos foi atingida com um tiro no rosto dentro de um banheiro na casa da amiga.

  

A tragédia aconteceu quando o pai da atiradora, o empresário Marcelo Cestari, pediu que a filha guardasse uma arma que fora trazida pelo genro, de 17 anos, no quarto principal no andar de cima.

  

No caminho, porém, a garota desviou e seguiu em direção ao banheiro de seu quarto, ainda carregando a arma. Lá, ela encontrou Isabele, que acabou sendo atingida pelo disparo da arma.

  

A Politec apontou que a adolescente estava com a arma apontada para o rosto da vítima, entre 20 a 30 centímetros de distância, e a 1,44 m de altura.

A garota foi condenada a 3 anos por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar.

  

Os pais da atiradora respondem um processo separado pelo caso. Eles foram denunciados pelo Ministério Público Estadual por homicídio culposo, entrega de arma de fogo a pessoa menor, fraude processual e corrupção de menores.

  

O ex-namorado dela foi condenado a prestar seis meses de serviços comunitários por ato infracional análogo ao porte ilegal de arma de fogo.

 

Leia mais: 

 

STF não vê ilegalidade e mantém internação de autora de disparo

 

 

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Carlos   25.04.22 19h08
Estratégia da defesa e as demais que estão internadas lá no polmeri todas Tem que serem liberadas Por que estão na mesma situação dela. Local insalubre e comendo comida estragada
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