A Prefeitura de Cuiabá pagou mais de R$ 100 milhões para quatro empresas investigadas na Operação Curare, da Polícia Federal, no período entre 2019 a 2021.
As informações constam na decisão que autorizou a segunda fase da operação, denominada Cupincha, nesta quinta-feira (28).
A ação apura uma suposta organização criminosa que atuaria desviando recursos da Saúde de Cuiabá por meio de prestação de serviços em leitos de enfermaria e UTI para Covid-19.
De acordo com a PF, a Hipermed Serviços Médicos Hospitalares recebeu R$ 53,1 milhões da Prefeitura.
Já para a Ultramed Serviços Médicos e Hospitalares, a Prefeitura pagou R$ 22,4 milhões.
A Smallmed Serviços Médicos e Hospitalares, por sua vez, recebeu R$ 24,6 milhões.
E por fim, a Douglas Castro ganhou R$ 13 milhões da Prefeitura.
No total, são R$ 111,1 milhões repassados para as quatros empresas.
Veja fác-simile:
Cupincha
A operação resultou na prisão do ex-secretário municipal de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues e do seu sócio, o empresário Paulo Roberto de Souza Jamur.
Outro sócio de Célio, o empresário Liandro Ventura da Silva., também teve o mandado de prisão expedido, mas se encontra foragido.
As investigações apontam que essas empresas foram contratadas pela Empresa Cuiabana de Saúde Pública e a Secretaria Municipal de Saúde por meio de contratos eivados de inúmeras ilegalidades, incluindo, sobrepreço.
Para se manter à frente dos serviços públicos, conforme a PF, elas fazim pagamento de vantagens indevidas seja de forma direta ou por intermédio de empresas de consultoria, turismo ou até mesmo recém transformadas para o ramo da saúde.
Paralelamente, o grupo empresarial fazia supostas “quarteirizações” dos contratos administrativos.
Ainda segundo a Polícia Federal, existem fortes indícios de que Célio Rodrigues da Silva e Paulo Roberto de Souza Jamur também são sócios ocultos na empresa Cuyabana Cervejaria Artesanal Ltda.
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