Cuiabá, Terça-Feira, 7 de Outubro de 2025
“JUSTIÇA POR VIVIANE”
07.10.2025 | 17h50 Tamanho do texto A- A+

Polícia instaura inquérito e pede perícia em celular de advogada

A família da vítima criou página para compartilhar informações sobre o caso e pedir Justiça

Reprodução

Viviane de Souza Fidelis (detalhe), encontrada morta; DHPP investiga o caso

Viviane de Souza Fidelis (detalhe), encontrada morta; DHPP investiga o caso

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar a morte da advogada Viviane de Souza Fidelis, de 30 anos, e pediu perícia no celular da vítima. Ela foi encontrada morta em seu apartamento na noite do dia 17 de setembro, no Residencial Acácia, no Bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.

Trouxe-nos diversos pontos divergentes da forma de como ocorreu os fatos envolvendo a morte de sua filha

 

O inquérito foi instaurado pelo delegado Marcelo Carvalho, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no dia 23 de setembro, seis dias após a morte da vítima. O caso, inicialmente apontado como suicídio, foi registrado dessa vez como “morte a esclarecer”.

 

O delegado citou que, a princípio, a partir dos indícios coletados no local, o caso foi tratado como “suicídio”, mas que a mãe de Viviane, a advogada Sheyla Regina Barros de Souza, de 52 anos, “trouxe-nos diversos pontos divergentes da forma de como ocorreu os fatos envolvendo a morte de sua filha”, disse ele.

 

O delegado determinou que os documentos “já produzidos” fossem juntados, que o celular da vítima fosse encaminhado à perícia, que possíveis testemunhas fossem ouvidas e pediu que as imagens das câmeras de segurança do prédio da vítima fossem coletadas.

 

Segundo a Polícia Civil, “as diligências para apuração dos fatos continuam em andamento”. 

 

“Dentre os trabalhos, é realizado oitivas de testemunhas e aguardado o resultado de exames periciais para esclarecimento dos fatos”, diz trecho de nota encaminhado pela Polícia Civil ao MidiaNews.

 

Depoimento

 

No boletim de ocorrência confeccionado na manhã do dia 18 de setembro, consta que os policiais encontraram a vítima “ao solo do banheiro do seu apartamento, trajando blusa cinza e calça azul, sendo utilizado um objeto (cinto) tracionado em seu pescoço e outra parte amarrada em acessório do referido banheiro”.

 

Arquivo pessoal

Viviane de Souza Fidelis

Viviane de Souza Fidelis, que foi encontrada morta em casa

Aos policiais, o namorado da vítima, que por não ser investigado como suspeito não terá o nome revelado, afirmou que estavam em “período de término” e que Viviane não aceitava o fim, “sendo a possível causa do autoextermínio”, diz trecho do documento.

 

Em depoimento à Polícia, uma vizinha da vítima, contou como a encontrou morta. Segundo ela, o namorado da jovem chegou ao prédio e, desde a portaria, informou que os dois haviam terminado e que ele só queria “saber se ela estava bem”. O rapaz teria passado a senha da porta e, com ela, a vizinha entrou no apartamento e encontrou Viviane morta.

 

“Eu vi um vulto no chão, parecia um negócio azul, uma toalha, aí eu entrei, quando eu entrei, eu cheguei à porta, estava ela enforcada com cinto na maçaneta”, diz trecho do depoimento.

 

O namorado, que ainda esperava na portaria, teve o acesso liberado e entrou no apartamento.

 

“O namorado dela entrou correndo no banheiro, abraçou-a e disse que ela estava no chão. Mas, quando eu cheguei, ela não estava caída — estava pendurada pelo cinto, preso à maçaneta da porta. Acho que ele deve ter a retirado no desespero”, relatou a vizinha em depoimento.

 

Pedido de Justiça

 

A família da vítima criou uma página no Instagram para compartilhar informações sobre o caso e pedir Justiça por Viviane. Eles não acreditam que a morte tenha sido um suicídio e pedem que a Polícia Civil investigue todas as hipóteses antes de encerrar o caso.

 

Entre as razões citadas estão a divergência sobre a posição em que o corpo foi encontrado, usando um cinto amarrado à maçaneta da porta, além do fato o ex-namorado também estar em posse do celular da vítima. 

 

O fato de a perícia ter sido “rápida” e possivelmente “incompleta”, segundo a família, e até um “filete de sangue no rosto”, que não teriam sido analisados também são colocados em questão.  

 

 

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