Por 11 votos a 5, a Assembleia Legislativa negou ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) autorização para processar o governador Silval Barbosa (PMDB). O governador é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de seis crimes, supostamente cometidos quando ele era deputado estadual e primeiro-secretário da Assembleia, entre 1999 e 2002.
Com a recusa da Assembleia, a Ação Penal 662/MT será sustada, e deve ter prosseguimento quando Silval deixar a cadeira de governador. Devido ao foro privilegiado, para o processo ter seguimento normal, seria necessária a aprovação de dois terços da Assembleia, ou seja, 16 dos 24 deputados. No entanto, apenas cinco optaram por conceder a autorização ao STJ.
A votação foi secreta, mas a reportagem apurou que votaram a favor do processamento os deputados Ademir Brunetto (PT), Dilmar Dal Bosco (DEM), Luciane Bezerra (PSB), Zeca Viana (PDT) e Percival Muniz (PPS).
"Não é nossa função fazer o julgamento jurídico do governador, mas sim o julgamento político. E, nesse momento, ele deve ter tranquilidade para governar Mato Grosso"
De acordo com a denúncia do MPF, quando era primeiro-secretário e ordenador de despesas da Assembleia Legislativa, Silval teria participado de um suposto esquema que desviou dinheiro público. O MPF acusa o governador de ter cometido os crimes de fraude em licitação, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha ou bando, supressão de documento, peculato e ordenação de despesa não autorizada.
Afastamento do cargo
O presidente da Assembleia, José Riva (PSD), também alvo na ação do MPF, além do conselheiro afastado Humberto Bosaipo, do TCE-MT. Segundo ele, por ser deputado estadual, seus processos tramitam no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
“Não houve desvio de dinheiro nesse processo. O que o Ministério Público questiona é a forma com que foi feita uma licitação de mídia. Eu respondo a um processo desse. Além disso, o governador Silval também já é alvo de uma ação civil pública por improbidade administrativa por esse motivo. O STJ precisa da nossa autorização apenas para instalar a ação penal, não a cível”, afirmou.
O deputado Emanuel Pinheiro (PR) defendeu que a Assembleia negasse a autorização ao STJ para proteger o cargo do governador. “O que está em discussão não é o cidadão Silval Barbosa, mas sim o governador do Estado. O governador ficará suspenso de suas funções se a denúncia for recebida pelo STJ”, afirmou Pinheiro, alegando que isso causaria instabilidade política.
O republicano citou que o afastamento está previsto no artigo 68 da Constituição Estadual.
Mensalão
"Temos que dar oportunidade para que o STJ julgue o que o MPF apontou na denúncia e, se o governador for inocente, será absolvido, como foram muitos réus do Mensalão"
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12 Comentário(s).
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Edson 04.11.12 12h12 |
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lucas 01.11.12 12h25 | ||||
Romoaldo pelo amor de Deus, a assembleia é a casa do povo e o povo que clareza.O governador nao tem nada a esconder como todo politico, entao deixa o STJ que investigue. Ate o Sr. poderia ser investigado caso o povo queira...COLABORA ROMOALDO. | ||||
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Alex 01.11.12 10h20 |
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Maurício 01.11.12 09h42 |
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LUIZ DE ARRUDA E SILVA 01.11.12 09h34 |
LUIZ DE ARRUDA E SILVA, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas |