É tradição - talvez não das mais saudáveis - nas COPs, as conferências da ONU (Organização das Nações Unidas) para mudanças climáticas: madrugadas em claro negociando o texto de decisão da conferência e horas, se não dias, de atraso para que o encontro climático seja declarado oficialmente encerrado.
E mais uma vez foi assim na COP30, em Belém, no Pará. O encontro teve início em 10 de novembro e deveria ir até esta sexta (21), às 18h. Mas não foi.
Somente às 20h15 deste sábado (22), a conferência foi finalizada. Foram, portanto, quase 27 horas de atraso.
Nada comparado com as 44 horas adicionais da COP25, em Madri, na Espanha.
A situação é tão frequente que o site climático especializado Carbon Brief tabulou os atrasos. A conclusão: nenhuma COP acaba dentro do previsto desde 2003, quando ocorreu a COP9, em Milão.
A presidência brasileira da conferência até parecia buscar formas de não atrasar o fim do evento. A promessa era de uma decisão dos pontos mais sensíveis da negociação e de difícil consenso - nas COPs o texto de decisão precisa ter a concordância de todos os que assinaram o Acordo de Paris-- já na quarta-feira (19), o que não aconteceu.
Além de pontos de discussão travados, houve um incêndio na quinta-feira (20), na zona azul da conferência, área onde ficam as salas de negociação. O fogo levou à interrupção das deliberações durante mais de seis horas.
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