O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que não sabia sobre a prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente brasileiro foi detido hoje por ordem de Alexandre de Moraes, do STF.

Trump foi questionado por repórteres na Casa Branca, na manhã de hoje, se comentaria sobre a prisão do ex-presidente brasileiro. Inicialmente, ele parece confundir Bolsonaro com alguma outra pessoa.
O som do helicóptero ao fundo pode ter contribuído para a confusão. Ele chega a dizer que "falei com esse senhor ontem", mas na sequência, quando a pergunta é repetida, ele se corrige e diz que nada sabia sobre o caso do ex-presidente brasileiro. Trump, então, repete algumas vezes: "É uma pena, é uma pena".
"O quê? Não sei nada sobre isso. Não ouvi falar. Foi o que aconteceu? É uma pena", disse Donald Trump a jornalistas na Casa Branca
Tanto o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) quanto o comentarista político Paulo Figueiredo disseram à coluna que relataram a situação a funcionários da Casa Branca e pessoas próximas a Trump.
Algumas figuras próximas ao presidente norte-americano e aos bolsonaristas radicados nos EUA, como o ex-porta-voz do Republicano Jason Miller, se manifestaram mais cedo, pelas redes sociais.
"Para todos aqueles que foram enganados pensando que a caça às bruxas de Alexandre de Moraes contra o presidente Jair Bolsonaro era exagerada, que Moraes só queria que Bolsonaro cumprisse um pouco de prisão domiciliar, mas não o mandasse para a prisão. Espero que estejam aproveitando o café da manhã", afirmou Jason Miller.
A prisão de Bolsonaro é preventiva, decretada por risco de perturbação à ordem pública e de fuga, e não ainda o cumprimento da sentença de mais de 27 anos imposta a Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e outros 4 crimes.
Mais cedo, um dos advogados de Trump afirmou que a decisão de Moraes prejudicou os esforços diplomáticos que Lula e Geraldo Alckimin têm feito para melhorar a relação entre o Brasil e os EUA. Sem citar Bolsonaro diretamente, Martin de Luca mencionou a queda das taxas de 40% aplicadas a produtos brasileiros na quinta-feira, como café e carne. Uma ordem executiva emitida pelo presidente Donald Trump também incluiu itens agrícolas entre os produtos que não terão mais taxas adicionais.
A tarifa estava em vigor desde 6 de agosto e, entre outros motivos, era justificada pelo que Trump qualificava como uma "caça às bruxas" ao ex-presidente. De lá para cá, a abertura de diálogo direto entre Lula e Trump e as pressões políticas e inflacionárias domésticas fizeram com que o republicano abrisse um processo de negociação comercial com o Brasil…
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