Sema admite frustração com a COP30: “A expectativa era maior”

A secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, avaliou que a COP30, realizada em Belém (PA), não atingiu o nível de avanços esperado para mitigar as emissões de gases poluentes.

nós podemos entender que a COP não teve o seu resultado esperado

Mato Grosso participou do evento, que encerrou neste sábado (22), na semana passada. Segundo Mauren, essa era tratada como a “COP da Implementação”, mas não alcançou os resultados esperados.

“Vamos dizer que a expectativa era maior. Na COP chamada da implementação, a expectativa que se tinha é de que compromissos em larga escala seriam assumidos. Mato Grosso esteve presente, mostrou a sua implementação, seus compromissos e firmou vários acordos”, afirmou.

“Mas aí, quando a gente extrapola isso para o mundo, nós podemos entender que a COP não teve o seu resultado esperado”, emendou. 

Segundo Mauren, apesar dos avanços institucionais e da visibilidade internacional conquistada, o volume de compromissos firmados ainda está distante do necessário para sustentar as estratégias climáticas do estado.

“Esses acordos ainda não representam uma escala necessária para Mato Grosso”, afirmou.

Questionada se as estratégias atuais são suficientes para reduzir o desmatamento - inclusive o legal - a secretária defendeu o modelo de compensação adotado pelo estado como uma das ferramentas mais consistentes hoje disponíveis.

“Com as estratégias internacionais, sim. Esse modelo que nós estamos implementando em Mato Grosso, em que alguém que está produzindo pode financiar por um período de manutenção de outra área compensando. A meu ver, hoje, é a estratégia mais consistente para o desmatamento evitado”, afirmou.

Este ano, por exemplo, o Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou na conferência o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), para financiar a preservação de áreas florestais.

A iniciativa, no entanto, alcançou poucos mais de 5 bilhões de dólares dos 25 bilhões estimados.

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