Diego diz que prisão é “surreal” e vê STF como “casa política”

O deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos), neste sábado (22), classificou como “surreal” e “política” a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), elaborada pelo ministro Alexandre de Moraes, de prender preventivamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

A Polícia Federal prendeu Bolsonaro durante a manhã, em Brasília. Ele cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto, quando a Suprema Corte o condenou por planejar um golpe contra a democracia. 

Moraes alega que houve risco de fuga do ex-presidente para a embaixada dos Estados Unidos e violação da tornozeleira eletrônica na madrugada. Diego, então, avaliou que as razões apresentadas foram questionáveis. 

“O que está acontecendo no Brasil é surreal, quase inacreditável. Acabei de ver a notícia que fala sobre a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e, até o momento, temos notícias e informações de que os motivos dessa prisão são um tanto quanto questionáveis”, apontou. 

“O motivo da prisão é que haveria um risco de fuga do ex-presidente, que estava em sua residência, tomada por policiais e manifestantes. Acho que essa é a casa mais monitorada do Brasil. Após a convocação de seu filho para uma vigília com orações, o Alexandre de Moraes entendeu que a prisão era necessária porque havia risco de fuga. Exatamente dia 22... Coincidência? Não sei. O STF precisa ser a Casa da Justiça, da serenidade e da Constituição Federal”, acrescentou. 

Conforme Diego, a prisão de Bolsonaro é uma injustiça que pode ser usada contra os brasileiros. Ele defendeu que as instituições públicas não extrapolem suas competências. 

“Não estou aqui clamando por quem gosta do Bolsonaro. Eu estou falando para aqueles brasileiros que acreditam que as instituições precisam ser independentes e cumprir o seu papel, não extrapolarem em nenhum momento”, afirmou. 

“O momento que passamos no Brasil é extremamente sério. A injustiça acontece hoje com o Bolsonaro, mas amanhã pode acontecer com outros brasileiros. Vou me manifestar de maneira firme, a favor da Justiça, da democracia e da direita brasileira; que o STF seja uma casa de justiça, guardiã da Constituição, e não uma casa política como vem acontecendo”, concluiu.