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18.11.2025 | 16h15 Tamanho do texto A- A+

Em CPMI, coronel diz que empresário será “mulherzinha” na prisão

João Carlos teria recebido valores de principal suspeita de esquema de desvio de recurso do INSS

Geraldo Magela/Agência Senado

A deputada federal Coronel Fernanda, que tentou persuadir empresário, mas não obteve retorno

A deputada federal Coronel Fernanda, que tentou persuadir empresário, mas não obteve retorno

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

A deputada federal Coronel Fernanda (PL) elevou o tom contra o empresário João Carlos Camargo Júnior, conhecido como “alfaiate dos famosos”, durante interrogatório, nesta terça-feira (18), na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

 

Se brincar vão lhe fazer de mulherzinha no presídio, quando um preso descobrir que a avó dele foi vítimas do roubo do INSS

Ele compareceu na condição de testemunha, após documentos oficiais mostrarem que a MKT Connection Group - aberta por Camargo em 2022 - recebeu mais de R$ 31 milhões da Associação Amar Brasil. A empresa é apontada como uma das envolvidas nas fraudes que desviaram recursos de benefícios destinados a idosos, pessoas com deficiência e pensionistas. 

 

Coronel Fernanda acusou Camargo diretamente de envolvimento no esquema. “Para mim, o senhor é um bandido. Recebeu dinheiro de bandido, bandido é”, afirmou.

 

Em tom mais elevado, ela passou a descrever o cotidiano de um presídio – ao qual disse que já prestou trabalhos quando era da Polícia Militar de Mato Grosso. E sugeriu que o empresário poderia virar uma “mulherzinha” na cadeia, caso fosse preso pelas supostas acusações contra ele.

 

“O senhor sabe o que é uma cela de presídio? Tem mais ou menos cinco por cinco [metros quadrados], a cama é de cimento, tem horário de banho de sol, a comida é quase uma lavagem, o  banho é frio, a sua família vai passar por uma revista vexatória [para te visitar]. É isso que vai acontecer com o senhor”, disse.

 

“[...] Se brincar vão lhe fazer de mulherzinha nesse presídio. [...] Quando um preso descobrir que a mãe, avó dele, foram vítimas do roubo do INSS... Vai ser muito mais caro para o senhor ir preso do que fazer um terno de R$ 100 mil”.

 

Jefferson Rudy/Agência Senado

João Carlos Camargo Júnior

O empresário João Carlos Camargo Júnior, que preferiu não responder questionamentos na CPMI

O empresário optou por não responder aos questionamentos dos deputados e senadores.  A coronel questionou se ele teria tomado Rivotril para manter a calma diante da comissão. 

 

“E eu gostaria que o senhor repensasse [sobre o silêncio]. [...] Eu não estou fazendo ameaça, estou te orientando”, disse.

 

“Já que o senhor faz tanto terno, o senhor fez terno para os deputados do PT? Fez terno para o Lula? Para Janja? Ministros do Lula? O senhor fez terno para o ministro Jorge Messias?”, questionou a parlamentar que não obteve respostas.

 

“O senhor passou por algum treinamento para ficar desse jeito? Tomou algum rivotril para ficar nessa feição como se nada tivesse acontecendo?”, questionou ela. O empresário disse apenas “não”.

 

Veja:

 

 

 

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