O deputado federal Fábio Garcia (sem partido) definiu que irá assinar a ficha de filiação do Democratas (DEM) em janeiro, em um evento em Cuiabá.
Além do parlamentar, outros dissidentes do PSB devem se filiar à legenda no evento, como o deputado federal Adilton Sachetti e os deputados estaduais Eduardo Botelho - presidente da Assembleia Legislativa - e Adriano Silva.
A definição ocorreu entre a noite de quarta-feira (13) e a manhã desta quinta (14), em Brasília, durante reunião entre membros da Executiva Nacional do DEM, Garcia, o presidente regional, Dilmar Dal’Bosco, e os ex-governadores Jaime Campos e Júlio Campos.
“Haveria uma convenção do DEM na sexta-feira, mas foi transferida para o dia 6 de fevereiro de 2018. Então, todos os atos ficaram para depois. Vamos, agora, fazer um processo de filiação tranquilo, com todo o grupo político. A intenção é promover a filiação em janeiro, em Cuiabá. Mas, pode ser que ocorra em fevereiro”, explicou Fábio Garcia ao MidiaNews.

Para que os deputados estaduais se filiem no ato, deverão conseguir decisões judiciais que permitam a desfiliação do PSB antes da janela partidária, marcada para março de 2018. Caso contrário, correm o risco de perderem seus mandatos.
Segundo Fábio Garcia, os líderes da sigla garantiram que todos os deputados federais farão parte da Executiva Nacional. Desta forma, o próprio Garcia e Sachetti também irão tomar as principais decisões do DEM.
Garcia disse que o partido deu garantia de apoio ao projeto eleitoral de seu grupo para 2018.
“O DEM nunca fez oposição a nenhum projeto do PSB. Nunca colocou oposição. Estamos indo com toda tranquilidade, teremos apoio para o próximo ano”, afirmou.
Já quanto ao ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, o deputado disse acreditar também na sua filiação no Democratas. Apesar disso, legendas como o Partido Progressista (PP) e o Partido da República (PR) almejam a filiação do ex-gestor.
“O Mauro Mendes tem dito que vai seguir o grupo dele. Isso foi dito desde o início. Ele sabe de todas as conversas com o DEM”, completou.
Caso PSB
A ideia de debandada do PSB aconteceu após o deputado federal Valtenir Pereira assumir o comando da sigla em Mato Grosso, em junho de 2017.
Ele havia deixado o partido em 2013, após divergências com o então prefeito Mauro Mendes.
O presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, que foi responsável pelo convite, afirmou que o deputado retornou ao PSB para garantir “sintonia” entre a executiva estadual e a direção nacional.
O convite foi considerado uma resposta ao deputado federal Fábio Garcia, que votou favorável à reforma trabalhista do presidente Michel Temer (PMDB), mesmo com o diretório tendo deliberado pelo voto contra a proposta.
Inicialmente, a intenção do grupo de Mauro Mendes era se manter unido. Entretanto, não encontrou uma sigla que aglutinasse todos os nomes.
Os deputados Mauro Savi e Oscar Bezerra devem se filiar ao PP, do ministro da Agricultura, Blairo Maggi. Max Russi deve ir para o PSDB do governador Pedro Taques.
Os 16 prefeitos filiados ao PSB devem seguir os deputados com os quais têm mais afinidade.
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