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09.04.2016 | 11h10 Tamanho do texto A- A+

Governo descarta retomada do BRT caso VLT não seja concluído

Secretário diz que modal sobre trilhos pode não ser concluído, mas que isso não implicaria na volta do antigo

MidiaNews

O secretário do Gabinete de Assuntos Estratégicos, Gustavo Oliveira

O secretário do Gabinete de Assuntos Estratégicos, Gustavo Oliveira

DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO

“Vamos ser claros: não tem volta para o BRT [Bus Rapid Transit]. O Estado não trabalha com essa hipótese de transformar o VLT em BRT. O que trabalhamos é em terminar o VLT”.

 

A declaração é do secretário do Gabinete de Assuntos Estratégicos, Gustavo Oliveira, que, durante a apresentação do resultado do relatório elaborado pela KPMG Consultoria sobre o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), descartou a possibilidade de uma nova troca de modal.

 

Segundo Oliveira, ainda há sim a possibilidade de não-conclusão das obras do VLT. Mas isso, segundo ele, não implicaria em uma volta automática do antigo modal.

 

Vamos ser claros: não tem volta para o BRT. O Estado não trabalha com essa hipótese de transformar o VLT em BRT. Trabalhamos para terminar o VLT

“As pessoas ficam imaginando que, se isso não for para frente, automaticamente, volta o projeto do BRT. Mas uma coisa não tem a ver com a outra, uma decisão já foi tomada lá atrás. Se formos enveredar por esse caminho, vamos ter que construir diferentes projetos de mobilidade urbana para Cuiabá e Várzea Grande”, afirmou.

 

O estudo da KPMG apontou que o modal é sim viável desde que o Governo invista, anualmente, R$ 37 milhões, pelos próximos 30 anos. Somente desta forma, a tarifa ficaria a mesma dos ônibus coletivos.

 

Apesar da viabilidade, ainda há uma série de incertezas, já que a questão está judicializada e o Consórcio VLT pode não aceitar uma conciliação com o Governo. Além disso, a licitação é questionada pelo Ministério Público e pode ser anulada.

 

“O que pode existir, eventualmente, é que, por um motivo ou por outro, esse contrato seja anulado, essa obra seja inviabilizada, e o projeto VLT possa não ir para frente. Porque isso não está no domínio do Governo. Tem ações judiciais questionando isso, uma série de outros fatores que podem levar ao travamento dessa obra. Neste caso, vamos ter que tomar outra decisão. Mas não tem volta o BRT”, disse.

 

“Hoje, trabalhamos com esta realidade que está posta. Os sistemas estão, aí, os vagões estão aí, parte das obras já estão feitas, e daí para frente que vamos partir. Não temos um cenário alternativo, não temos volta e não temos interesse de buscar caminhos que já foram decididos lá atrás”, afirmou o secretário.

 

Duro, mas é real

 

Segundo Gustavo Oliveira, o relatório da KPMG demonstrou um cenário duro, porém real.

 

Antes, o Governo não tinha nenhum tipo de confirmação. Não sabia até mesmo valores da passagem e como o modal deveria funcionar.

 

“Tudo é muito difícil, esse cenário é duro, mas é real. Antes não tínhamos nenhum cenário, tínhamos um monte de incertezas, agora temos uma certeza, uma realidade. Como disse, dura e difícil”, disse.

 

“E há possibilidades que não foram exploradas, por exemplo. Quanto de óleo diesel deixa de ser consumido, deixa de se emitir de poluentes trocando isso para um modal elétrico? Também explorar outras receitas é missão deste Governo e o Gabinete de Assuntos Estratégicos está trabalhando também nessa frente. Não é só frente pra terminar obra e operar o VLT”, completou.

 

Leia também:

 

Estado terá que investir R$ 37,5 milhões/ano para viabilizar o VLT

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3 Comentário(s).

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carlos saldanha  10.04.16 10h55
Taques, herdou filho feio, que tinha conhecimento antecipado, mas quer penalizar a população que quer o VLT. Queremos o VLT!!!
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Luís Carlos K.  09.04.16 12h51
100% apoiado Pedro Taques, fez o mais certo ao assumir toda a sujeira deixada pelo Silval: suspendeu as obras e disse que não pagaria mais nenhum centavo até que se fosse apurado o andamento e futuros custos. Agora já sabemos. Infelizmente ainda falta um valor alto e muito tempo até que o VLT esteja pronto, mas a melhor opção é terminá-lo, afinal não foi Taques quem começou a obra, mas deve dar continuidade no processo pois já foi investido muito dinheiro que não tem como reaver. Se o mundo fosse justo, Silval e companhia deveriam devolver cada centavo!!!
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dauzanades  09.04.16 12h45
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