O deputado estadual Júlio Campos (União) criticou duramente o presidente Lula (PT) e afirmou que ele praticou “demagogia” ao decretar o aumento de demarcações de Terras Indígenas em Mato Grosso.

Júlio alegou que o petista tenta agradar lideranças internacionais ao tomar a decisão e não pensa no que os indígenas realmente precisam receber do Governo Federal.
“Os índios não querem demagogia do PT, do presidente Lula, para agradar ONGs internacionais que financiam coisas estranhas aqui no Brasil”, afirmou durante conversa com a imprensa, nesta semana.
“Os índios não querem reservas, querem trabalhar, querem aproveitar. Faz como os índios ali de Campo Novo do Parecis, que hoje produzem, têm ecoturismo na sua área, têm hospital e estão todos numa caminhonete nova, celular no ouvido, os filhos estudando fora, fazendo faculdade, falando até duas ou três línguas estrangeiras”, disse.
As medidas do presidente foram oficializadas durante a Conferência Mundial do Clima (COP 30), em Belém.
Uma das terras indígenas que serão ampliadas no Estado é a Manoki, tradicionalmente reconhecida com cerca de 46 mil hectares, e que teve sua área aumentada para aproximadamente 250 mil hectares, segundo o Governo Federal.
Ao criticar o decreto de Lula, o deputado citou um editorial do jornal Estado de São Paulo, que trouxe dados a respeito de indígenas e quilombolas que estão abandonando suas terras por não ter como se manter.
Ele defendeu que o Governo Federal deveria estar focando suas ações para, além de capacitar, levar mais recursos para instituições que ajudam os povos indígenas. Júlio mencionou a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e classificou a fundação como acabada.
“Estão passando necessidade, passando fome e, no entanto, o governo quer ampliar a reserva de terra. O índio não quer mais terra. O índio quer assistência técnica. Eu recebi há poucos dias no meu gabinete lideranças indígenas que querem trator, querem equipamentos para agricultura familiar, querem assistência técnica e financiamento”, afirmou.
Prejuízo ao Estado
Além da Manoki, o Governo Federal também homologou a Terra Indígena Uirapuru, com cerca de 21,6 mil hectares, e a Terra Indígena Estação Parecis, com aproximadamente 2,1 mil hectares, ambas localizadas em regiões produtivas de Mato Grosso.
Para Júlio, a decisão do presidente é um ataque direto à economia do Estado, além de prejudicar os próprios indígenas.
“Hoje nós temos vários índios preparados, formados técnicos de agrícola, formados engenheiros agrônomos, veterinários. Eles não querem isso. Lamentavelmente, o Governo Lula, em uma demagogia brutal, cometeu mais um crime contra o desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso”.
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