Líder do Governo descarta a reforma administrativa

O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Romoaldo Júnior (PMDB), descartou a possibilidade de uma reforma administrativa no Estado nesse momento. Segundo o parlamentar, o governador Silval Barbosa (PMDB) já declarou ser impossível fazer as alterações, algumas das quais têm sido defendidas pelo presidente da Assembleia, José Riva (PSD).

“O governador afirmou que não tem como enxugar ou fundir secretarias, nesse momento”, disse Romoaldo, lembrando que esse tema tem sido discutido com o governador, que, na quinta-feira (8), se reuniu com os deputados estaduais, no Palácio Paiaguás.

Ontem mesmo, o deputado José Riva, que participou da reunião, ao deixar o Paiaguás, voltou a defender a redução da máquina governamental e disse ter esperanças de que o governador faça a reforma.

“Queremos uma reforma administrativa que diminua o custo da atividade meio. A máquina está inchada. Nunca vi necessidade em desmembrar a Sinfra [Secretaria de Infraestrutura] em Secid [Cidades] e Setpu [Transporte e Pavimentação Urbana], por exemplo”, disse o presidente do Legislativo.

“Desde o início, Silval se comprometeu a estudar a possibilidade de reforma. Torço para que ele faça as mudanças, mas entendo que, quando se está em um governo de coalizão, é difícil”, declarou o social-democrata.

Apesar de garantir que a reforma não está nos planos de curto prazo do governador, o próprio Romoaldo tem defendido a diminuição da máquina governamental, e causou polêmica ao pregar a extinção das secretarias de Esporte e Lazer (Seel) e de Cultura, transformando-as em coordenarias vinculadas à Secretaria de Educação.

Como líder do Governo, porém, ele afirmou que as medidas de contenção de gastos estão sendo suficientes. “Os ajustes que estão sendo feitos nos gastos do Governo já estão surtindo efeito e, inclusive, pudemos liberar recursos para pagar os convênios atrasados e regularizar os repasses dos fundos de Saúde”, declarou o parlamentar, sintetizando o resultado do encontro de ontem, entre Silval e a bancada do Legislativo.