Mendes deve exonerar em dezembro staff que disputará eleição

Secretários estaduais que pensam em sair candidatos em 2022 devem deixar os cargos até o final deste ano, após pedido feito por deputados estaduais durante reunião da base com o governador Mauro Mendes, na semana passada.

Apesar da legislação eleitoral prever que a desincompatibilização dos cargos deve ocorrer até seis meses antes do pleito eleitoral – ou seja, abril de 2022 –, o desligamento antecipado é uma demanda de parte dos parlamentares para evitar uma “concorrência desleal”.

Até o momento, já tiveram os nomes ventilados para disputar cargos na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal os secretários Alberto Machado (Cultura, Esporte e Lazer), Gilberto Figueiredo (Saúde), Silvano Amaral (Agricultura Familiar) e Alan Porto (Educação).

Embora negue pretensão eleitoral no momento, o secretário de Saúde já afirmou que está à disposição do partido e tem reiterado, em entrevistas recentes, ser oriundo da Câmara de Cuiabá, para a qual foi eleito vereador em 2018.

Um dos principais aliados do governador, Alberto Machado, o Beto Dois a Um, também tem evitado falar sobre o pleito eleitoral. A expectativa, porém, é de que ele saia candidato a uma cadeira no Legislativo estadual.

Já Silvano Amaral, que também é suplente de deputado estadual pelo MDB, pode novamente sair candidato a uma cadeira na Assembleia. A atuação dele na pasta, aliás, chegou a gerar atrito com os deputados em atuação, inclusive do próprio partido, por conta da disputa eleitoral do próximo ano.

O presidente da MT Par, Wener Santos, irmão do ex-senador Cidinho Santos (PSL) é outro membro do staff de Mendes que deve sair candidato. Recentemente, ele afirmou que, enquanto seu irmão irá trabalhar pela reeleição do governador, ele pode tentar uma cadeira na Assembleia Legislativa.