Cuiabá, Terça-Feira, 21 de Outubro de 2025
OCUPAÇÃO
10.06.2016 | 08h28 Tamanho do texto A- A+

"Nós não faremos a PPP se a comunidade escolar não concordar"

Governador Pedro Taques volta a negar que projeto seja privatização e aponta mentira de sindicato

Gcom-MT

O governador Pedro Taques, que negou novamente privatização da Educação

O governador Pedro Taques, que negou novamente privatização da Educação

DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO

O governador Pedro Taques (PSDB) admitiu a possibilidade de recuar na proposta que prevê a implantação de Parcerias Público-Privadas (PPPs) na gestão escolar do Estado.

 

O modelo que pode ser implantado em Mato Grosso é o mesmo que já funciona nas escolas de Belo Horizonte (MG).  A proposta, entretanto, resultou na ocupação de 22 escolas em Cuiabá e Várzea Grande. A maior parte dos manifestantes afirma que o Estado quer privatizar as unidades de ensino.

 

Segundo Taques, a proposta deverá passar por audiências públicas e até enquetes nas comunidades escolares. Ele disse que irá acatar a decisão dos professores e pais de alunos.

 

“Nós não faremos a PPP se a comunidade escolar não concordar. Democraticamente. Agora, não posso ser proibido de discutir, ainda mais por questões ideológicas. É um direito meu discutir, fui eleito para isso e tive 58% dos votos. Quem votou em Mato Grosso para ser Cuba, Venezuela, não votou em mim”, afirmou.

 

Nós não faremos a PPP se a comunidade escolar não concordar. Agora, não posso ser proibido de discutir, ainda mais por questões ideológicas

O tucano voltou a dizer, ainda, que a ocupação, que também ocorre em outros estados brasileiros, tem viés político.

 

De acordo com ele, integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e da CUT (Central Única dos Trabalhadores) são os responsáveis pela ocupação das escolas. Além disso, acusou membros do Sintep (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público) de espalhar mentiras sobre o projeto.

 

“Os estudantes que estão lá dentro não são dessas escolas, estão com camiseta do MST, da CUT. Estão preocupados se a Dilma volta ou não volta. Eu não tenho nada a ver com isso. E alguns sindicalistas do Sintep estão mentindo para os pais dos alunos, estão mentindo para os professores, dizendo que PPP é privatização de escolas”, disse.

 

“Belo Horizonte tem 98% de aprovação das PPP. Agora, existe quem seja contra e tenho que respeitar essas posições. Agora, não me venha com mentira, não venha se utilizar de criança para contar mentira. Aliás, o Conselho Tutelar e o Ministério Público já foram informados disso”, afirmou.

 

Sem privatização

 

Taques voltou a explicar que a PPP será uma parceria, por um determinado período, para que professores deixem de se preocupar com a manutenção da escola e foquem na questão pedagógica.

 

“A iniciativa privada constrói, mantém a segurança da escola, a limpeza e a manutenção. Os servidores públicos continuarão a serem servidores. O pedagógico não pode sair da mão dos professores, que são servidores públicos”, disse.

 

“O gestor da escola, hoje, fica preocupado com a descarga da escola, pintura, manutenção, goteira. Com a PPP, quem vai fazer isso é a PPP, vai sobrar mais tempo para o diretor e o professor tratar do pedagógico. E vai sobrar mais dinheiro, porque a PPP é mais barata, para o salário do professor”, completou.

 

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COMENTÁRIOS
12 Comentário(s).

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Walter Ney  11.06.16 10h52
É pessoal, Com toda certeza o PAULO e o RENATO que comentaram a reportagem, são daqueles poucos privilegiados que não conhecem o resultado da tal parceria do estado nos Hospitais Regionais que aumentou e muito o cáos ali instalado.
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Ellen   11.06.16 09h14
 PPPs, gente procurem em Belo Horizonte a incompetência que virou esta 'parceria'.
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afonso  11.06.16 05h02
Senhor administrador do ente público...Para de querer inventar a roda. Quem está quebrado deve primeiro reparar a roupa velha até que possa gradativamente ir atrás de roupa nova. Não adianta querer colocar telhado novo sobre paredes danificadas.Alinhe primeiro o feito antes que tudo venha abaixo....
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Paulo  10.06.16 19h58
Governador, Segue em frente com a PPP. Não é possível que esse grupelho do sintep vá conseguir parar um projeto bonito e eficiente como este...eles são profissionais do atraso, da balbúrdia e não querem o melhor para a educação. Se apropriam de uma pseudo verdade com essa ideologia caolha trotskista e velha. Por isso Governador vá em frente. Siga o caminho natural da modernidade. Qto ao sintep deixe que eles berrem.
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Cleber  10.06.16 14h16
Por que o governo não faz um teste entregando algumas escolas nas mãos de religiosos para ver o que acontece, poderiam pegar 10 escolas grandes e entregar 5 para igrejas católicas e 5 para evangélicas. Quem sabe não dá certo.
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