O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou nunca ter tido quaisquer desconfiança sobre a conduta de seu ex-secretário de Saúde, Huark Douglas, alvo da Operação Sangria, que apura esquemas na área da Saúde.
“Em nenhum momento tive desconfiança [de algum esquema de corrupção]. Pelo contrário, ele era secretário interino de Saúde. Quando assumi a gestão, nada pesava contra ele. Só depois surgiram esses fatos”, disse o prefeito, ao ser questionado sobre o assunto.
“No mais, cabe a Delegacia Fazendária, ao Ministério Público e a Justiça investigar, elencar provas e julgar e os responsáveis. Seja ele quer for, que paguem no rigor da lei”, acrescentou Emanuel.

Ele afirmou que a Prefeitura é a maior interessada para que o esquema delatado pelo ex-secretário seja apurado.
Até porque, segundo ele, os fatos não guardam qualquer relação com sua gestão à frente do Município.
“Vamos aguardar [as investigações]. Não vamos incriminar ninguém, não vamos ser irresponsáveis, vamos esperar a elucidação dos fatos, a apresentação das provas”, afirmou o prefeito.
“O MPE está atuante em cima disso, a Defaz está atuante e, na Prefeitura, a ordem e determinação que dei é: abram tudo, todos os dados. Estamos colaborando com órgãos de controle”, disse.
Defesa de ex-secretário
Ainda em entrevista, o prefeito saiu em defesa do trabalho desempenhado por Huark, enquanto secretário de Saúde.
“O que eu posso dizer é que ele é um grande técnico. Hoje, se temos o HMC em pleno funcionamento, funcionando em etapas, dentro de um planejamento, devemos a missão que dei a ele para que assumisse junto com a brilhante equipe técnica da Prefeitura e, em tempo recorde, fazer a elaboração de um projeto para viabilizar o programa Chave de Ouro e que pudéssemos conseguir os R$ 100 milhões”, disse.
“O HMC é uma realidade. E é esse perfil técnico do Huark que eu tinha buscado para minha gestão”, concluiu Emanuel.
Sangria
A Operação Sangria apura crimes de fraudes em processos licitatórios de contratos envolvendo serviços médicos. Além da fraude, as investigações apontam para o superfaturamento e pagamento de propina para a continuidade dos contratos celebrados entre as empresas e o Poder Público.
A primeira fase foi deflagrada no dia 4 de dezembro, pela Delegacia Fazendária. Já a segunda fase foi deflagrada após os investigadores tomarem conhecimento de que os envolvidos estavam destruindo provas e coagindo testemunhas.
A investigação da operação Sangria apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos/administrador de empresa, funcionários públicos e outros.
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