ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃO
Após ter as contas reprovadas, no exercício de 2010, pela Câmara Municipal de Chapada, o prefeito Flávio Daltro (PSD) diz que recorreu da decisão e classifica o ocorrido como “ação politiqueira”. “Se eu paguei a mais, porque a Câmara não devolveu o dinheiro?”, questionou ele.
O prefeito pagou 0,23% a mais e, por isso, teve as contas reprovadas. Ele explica que o município recebeu ajuda do Governo Estadual para o Fundo de Exportação e para o Fundo de Participação dos Municípios e, com isso, a receita da cidade aumentou.
“Esses itens foram usados para exportação e pagamento de13º salário. O Governo repassa esses valores e 7% é para a Câmara. Minha conta deu 6,98%, mas acabei somando mais 0,23% a mais. Ao todo, encaminhei R$ 35,6 mil à Câmara e, por isso, reprovaram minhas contas”, justificou Flávio.
O prefeito precisava de seis votos favoráveis, mas obteve apenas cinco. Sobre a acusação feita pelo vereador chapadensse Thomas Jefferson (PR), de que o prefeito, mesmo sendo irmão do vice-governador do Estado Chico Daltro (PSD), teria deixado a cidade abandonada. Flávio reage e diz que há políticos de boa consciência, e que, com esses, ele tem uma boa relação.
“A cidade cresceu bastante. Assumi com um hospital fechado e seis meses de salário atrasado. Tínhamos uma dívida com a Rede Cemat de R$ 1,9 milhão deixada pelo ex-prefeito. Hoje temos muita coisa. Laboratório, hospital com raio-x, mais 5 postos de saúde, Samu e etc”, disse Flávio, se referindo ao ex-prefeito Gilberto Soares de Melo (PR).
Daltro afirma que não concorrerá à reeleição e que, por isso, as contas reprovadas não atrapalharão sua vida política. “Já fiz o que eu tinha planejado. Agora vou me aposentar e não quero mais participar de nada disso”.
PROJETOS INACABADOSO prefeito salienta que na campanha eleitoral, o irmão (vice-governador Chico Daltro -PSD ) em parceria com o governador Silval Barbosa (PMDB) teriam feito compromisso de duplicar toda estrada que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, melhorar a distribuição de água na cidade, investir na urbanização e no aterro sanitário. Contudo Daltro afirma que os projetos estão prontos, mas parados. “Não deixei a cidade abandonada. Projetos tem, mas falta recursos e tudo que me propus a fazer, eu fiz. Se não está pronto é porque o Estado não cumpriu”, rebateu ele.