Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
"GRILAGEM" EM CHAPADA
04.07.2012 | 08h35 Tamanho do texto A- A+

Prefeito insiste em loteamento em área de preservação

Ministério Público propôs ação civil para que área invadida seja desocupada

MidiaNews

Prefeito Flávio Daltro afirma que vai continuar com projeto de construção de residencial em área de domínio público

Prefeito Flávio Daltro afirma que vai continuar com projeto de construção de residencial em área de domínio público

KATIANA PEREIRA
DA REDAÇÃO

O prefeito de Chapada dos Guimarães (67 km ao Norte de Cuiabá), Flávio Daltro (PSD), afirmou que vai insistir na construção de um conjunto residencial na área de domínio público, que foi ocupada irregularmente, às margens do Rio Monjolinho, principal fonte de captação de água da cidade. A região é conhecida como Santa Elvira.

Na segunda-feira (2), o Ministério Público Estadual (MPE) entrou com uma ação civil pública, com pedido de liminar, contra a Prefeitura Municipal e todas as pessoas que ocupam de forma irregular a localidade. Leia mais AQUI.

Em entrevista ao MidiaNews, Daltro disse que a Prefeitura não foi notificada oficialmente sobre a ação.

Ele afirmou que não vai desistir da construção do residencial na região e que um relatório com análises técnicas, hídricas e ambientais já foi encaminhado para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

"Vamos sim, insistir no projeto do residencial"

“Encaminhamos um relatório completo para a Sema, que deve analisar, se é possível eu não construir o loteamento. Vamos, sim, insistir no projeto do residencial. Não fomos notificados oficialmente, mas o setor jurídico da Prefeitura vai elaborar uma defesa”, disse Daltro.

O assessor jurídico da Prefeitura, Luciano Portugal, confirmou que não recebeu nenhuma notificação formal, mas que já tomou conhecimento da ação pelo próprio MPE, que avisou da ação por telefone.

“Não recebemos a notificação formal, mas já estamos cientes da ação. Vamos aguardar a posição do juízo, se vai deferir ou não. Mas, de imediato, apresentaremos a nossa defesa. A Prefeitura está viabilizando a construção de um loteamento na região, com infraestrutura, água, energia. Já foi encaminhado um projeto, que está em fase de análise. Temos que aguardar os próximos acontecimentos”, disse o advogado.

Ação civil

A ação requer a desocupação imediata dos réus que ocupam a área.

A desocupação deverá ser realizada pela Prefeitura, com a desmontagem das barracas e a demolição de eventuais edificações ali realizadas.

Também foi proposta uma condenação solidária dos réus na obrigação de fazer, "consistente na remoção de todos os resíduos sólidos depositados na área para local adequado". A remoção deverá ocorrer no prazo de 10 dias, sob pena de pagamento de multa diária no valor de R$ 1 mil.

A promotoria salienta que a Prefeitura Municipal se esquivou em exercitar seu poder de Polícia consistente em afastar a hipótese da constituição de novo núcleo habitacional em área vulnerável.




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COMENTÁRIOS
15 Comentário(s).

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Carlos Aparecido  06.07.12 19h39
O alberto do comentário das 10h54hs está correto, quem destruiu a área de preservação foi as administração passada, todos os prefeito mandaram tirar cascalho na cabeceira do monjolo, o que a promotoria tem que fazer é mandar a prefeitura recuperar e replantar esse terreno, jamais permitir a invasão de gente dono de mercado, sítio, carro, terreno que vai roubar terra pública para enricar mais ainda...
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alberto  06.07.12 10h54
olha eu tambem acho que tem que ser preservado os meios para preservar o meio ambiente, porem nao emtendo como pode ser, em um local que ja foi retirado mais de 2 metros de altura de aterro ou cascalho (antiga cascalheira)ñao pode morar o filho do filho do chapadense que nasceu aqui e ainda hoje mora nos fundos dos quintais dos pais por nao ter projeto de moradias.obs. a area de preservação ja esta sercada e preservada,na epoca pelo defensor publico.
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julio  04.07.12 17h10
Eleitores de chapada prestem muita atenção em quem votar,se o prefeito age assim em desrespeito a natureza e a seu povo,o seu indicado deve ser aobservado,afinal afilhado de peixe peixinho ´podera ser.
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Thor  04.07.12 16h39
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso deve ingressar com ação civil pública contra o município de modo a garantir que essas áreas sejam preservadas, conforme previsão legal.
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marcelo oliveira  04.07.12 14h35
Vivo por entender a atitude de um administrador municipal como este senhor. Um ex-professor universitário, que prometeu a instalação de um campus na Chapada (e nada fez, a não ser a pedra fundamental), vem agora provocar a destruição dos mananciais de água. Acho que chegou a hora de colocar a viola no saco e sumir, é muita falta de respeito com o cidadão.
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