O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Guilherme Maluf (PSDB), anunciou o deputado Max Russi (PSB) como o novo presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada para investigar a emissão e pagamento de cartas de créditos a 47 membros do Ministério Público Estadual.
Além disso, o deputado Gilmar Fabris (PSD) é o novo membro titular da comissão. Com os dois novos integrantes, ficam de fora os deputados Pery Taborelli (PV) e José Carlos do Pátio (SD).
“Quero anunciar que o líder do bloco minoritário, Gilmar Fabris, me comunicou da saída de Zé do Pátio da CPI para a entrada dele. Já na presidência houve um consenso em torno do nome do deputado Max. A publicação da CPI sai nos próximos dias e os trabalhos devem ter início a partir do ano quem”, afirmou.
Apesar da entrada de Fabris, Pátio, na condição agora de membro substituto, deverá participar das primeiras reuniões da comissão. Isso porque o deputado do PSD tirou licença de 120 dias.
“A licença vai ser executada durante o recesso, mas a CPI prevê a substituição por suplentes. Então, quando o titular não está, ele é substituído. E, no caso, o seu substituto será o Zé do Pátio”, disse Maluf.
O deputado Max Russi afirmou que foi escolhido de forma quase unânime. Desde a última quarta-feira (16), seu nome já circulava como o provável indicado de Maluf.
“Não diria que estou aceitando isso tranquilamente. É um desafio, porque 2016 será um ano de bastante trabalho, é ano de eleição municipal, e eu sou municipalista, gosto de andar, e essa CPI vai acabar atrapalhando esse meu lado de estar próximo da base”, afirmou.
“É uma CPI que vai ser bastante trabalhosa, vai tomar bastante tempo. Mas estou tranquilo e aceitei, porque foi um pedido de quase todos os deputados da base. Por isso não poderia me furtar desse desafio”, disse.
Além de Max e Gilmar, a comissão é composta pelos deputados Leonardo Albuquerque (PDT), que será o relator, Wilson Santos (PSDB) e Oscar Bezerra (PSB).
A CPI
A CPI instalada irá investigara emissão das cartas de crédito feita a 47 membros do Ministério Público Estadual (promotores e procuradores de Justiça).
Os créditos foram pagos pela Rede Cemat, que, em seguida, os utilizou para pagamento de tributos devidos à Fazenda Pública Estadual.
No contrato, os membros do MPE são representados pela empresa JBF Consultoria Tributária Ltda.
Eles autorizam a cessão e transferência das certidões, concedidas pelo Governo do Estado, para a Rede Cemat.
A empresa de energia pagou 75% do valor real das cartas. Pelo serviço, a JBF Consultoria recebeu R$ 250 mil.
O contrato de cessão de créditos tributários oriundos de certidões de créditos salariais para a Rede Cemat totaliza mais de R$ 10 milhões.
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