Cuiabá, Sábado, 14 de Junho de 2025
PERDAS COM ICMS
12.02.2023 | 14h00 Tamanho do texto A- A+

STF manda União pagar Espírito Santo e abre precedente para MT

Secretaria Estadual de Fazenda, no entanto, prefere aguardar negociação na esfera política

Mayke Toscano/Secom

O secretário estadual de Fazenda Rogério Gallo

O secretário estadual de Fazenda Rogério Gallo

GUSTAVO CASTRO
DA REDAÇÃO

Uma decisão do Supremo Tribunal Federal deve abrir precedente para estados como Mato Grosso conseguirem recompor perdas com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) decorrentes de leis aprovadas no ano passado. Apesar disso, o Palácio Paiaguás ainda prefere aguardar a negociação na esfera política.

 

Nesta semana, o ministro Luís Roberto Barroso determinou que a União inicie imediatamente a compensação de perdas ao Espírito Santo decorrentes da redução de alíquotas do ICMS de combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.

 

No pedido ao Supremo, o Governo do Espírito Santo afirmou que a perda de arrecadação, apenas no segundo semestre de 2022, é estimada em R$ 1,2 bilhão.

 

Problema semelhante ocorreu em Mato Grosso. Para se ter uma ideia, a arrecadação do ICMS em setembro de 2022 foi R$ 1.744.802.437,77, enquanto no mesmo mês de 2021 foram arrecadados R$ 2.261.231.413,67.

 

Apesar da queda na receita e da decisão favorável ao Espírito Santo, o Governo do Estado vai apostar na via política, ao menos por enquanto.

 

Vamos aguardar o desfecho dessa negociação e caso não tenhamos acordo, o Estado vai ajuizar ação no Supremo Tribunal Federal

Em nota enviada ao MidiaNews, a Secretaria Estadual de Fazenda afirmou que Mato Grosso compõe uma comissão criada para negociar com o Tesouro Nacional os valores e os mecanismos de compensação pelas perdas.

 

“Vamos aguardar o desfecho dessa negociação e caso não tenhamos acordo, o Estado vai ajuizar ação no Supremo Tribunal Federal (STF)”, informou a Sefaz.

 

Críticas de Mendes

 

O governador Mauro Mendes (União) tem sido crítico da redução, aprovada quando o orçamento dos entes federados já estava sendo executado.

 

“O que o Governo Federal e o Congresso Nacional fizeram foi, no meio de um orçamento, forçar uma redução desses impostos, dessas receitas sem que pudesse cortar uma despesa sequer", afirmou em entrevista à Rádio Jovem Pan em janeiro deste ano.

 

"E, o que é pior, diga-se de passagem, eles aumentaram a despesa de estados e municípios, quando criaram piso para professores, enfermeiros e isso pode levar a um caos, um colapso fiscal”, completou.

 

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
1 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

Aldo  13.02.23 06h54
Mais uma vez a população em geral vai pagar a conta, antes da redução do ICMS dos combustíveis pagava está conta só quem usava seu carro, com excessão o transporte de cargas, agora toda a população vai pagar, no período eleitoral do ano passado só fizeram cagadas, agora a conta está chegando.
3
3